OMS: Casos de COVID-19 apresentam declínio significativo na China e a experiência do país é "impressionante"
Genebra, 10 mar (Xinhua) -- O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta terça-feira que os casos da COVID-19 na China estão em declínio significativo, após os esforços "impressionantes" do país para conter o vírus.
"O que vimos em termos de experiência da China é realmente impressionante. Agora, o surto na China está em declínio, e há um declínio significativo. O vírus está abatido, e em um recuo. Estamos muito felizes que está se revertendo e o vírus recuando (na China)", afirmou o chefe da OMS, em resposta às perguntas da Xinhua.
Ele fez as observações depois de assinar um acordo com Chen Xu, representante permanente da China no Escritório das Nações Unidas em Genebra, sobre a doação de US$ 20 milhões da China à OMS para a cooperação no enfrentamento da epidemia do novo coronavírus.
Ghebreyesus expressou apreço pelo rápido movimento da China em identificar e sequenciar o patógeno do novo coronavírus e compartilhar a sequência com o resto do mundo, o que permitiu ao mundo se preparar para testes, diagnósticos e outras ações de resposta.
"Isso ajudou realmente a comunidade global a seguir em frente. E isso é muito, muito importante", ressaltou.
O chefe da OMS lembrou de sua visita à China no final de janeiro, quando tanto a entidade quanto a liderança chinesa concordaram que o esforço de resposta deveria se concentrar na cidade de Wuhan, o epicentro do surto, e em Hubei, a província em que está localizada, onde medidas sérias de saúde pública precisaram ser tomadas.
Ele reiterou que outros países devem usar a janela de oportunidade trazida pela ação de resposta maciça da China contra a COVID-19 para conter o vírus o mais rápido possível.
O progresso da China na contenção do vírus deve ser atribuído à liderança do governo e à cooperação de seu povo ao mesmo tempo, salientou Dr. Tedros, pois "isso não pode acontecer sem o forte compromisso do governo e a forte cooperação do povo".
"Esse vírus é muito contagioso e é novo, mas ainda pode ser contido. A experiência que temos até agora da China é que a contenção é possível", destacou ele, incentivando todos os outros países a intensificarem as medidas.
O embaixador Chen apontou que o surto da COVID-19 na China diminuiu de forma constante, graças à forte liderança e aos esforços unidos de toda a nação. A China "fará um bom trabalho para cuidar de nossos próprios negócios, enquanto isso, tentará estender uma mão amiga aos necessitados. É por isso que fazemos essa doação de US$ 20 milhões para a OMS."
Segundo o embaixador chinês, a doação faz parte da resposta da China ao apelo da entidade, com o objetivo de ajudar os países com sistemas de saúde mais fracos a combaterem a propagação do vírus. "Acho que estamos no mesmo barco."
"Este é o momento de fatos, não de pânico; este é um momento de racionalidade, não de rumores; e por último, mas não menos importante, este é o momento de solidariedade, não de estigma", observou Chen.
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