China otimiza tratamentos para a COVID-19

Beijing, 7 mar (Xinhua) -- A China expandiu e otimizou o uso de medicamentos e terapias no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19), a fim de evitar que os casos se agravem e salvar os pacientes em estado crítico.

O medicamento Tocilizumab, cujo nome comercial mais conhecido é Actemra, foi incluído na última versão da guia para o diagnóstico e tratamento da COVID-19.

Zhou Qi, subsecretário-geral e membro da Academia Chinesa de Ciências, indicou na sexta-feira em uma coletiva de imprensa que o Tocilizumab é eficaz para bloquear o surgimento de uma "tormenta inflamatória" (quando o sistema imunológico humano se sobreativa pela infecção).

Em uma prova clínica preliminar, o medicamento foi utilizado em 20 casos graves da COVID-19, conseguindo reduzir a temperatura de todos eles em um período de 24 horas. De mesmo modo, 19 dos pacientes receberam alta hospitalar em um prazo de duas semanas e o restante deu sintomas de melhoria, segundo Zhou.

O especialista indicou que o medicamento está sob provas clínicas em 14 hospitais de Wuhan, epicentro da epidemia e capital da província central de Hubei.

Até em 5 de março, um total de 272 pacientes graves receberam o tratamento com o Tocilizumab.

Além do Tocilizumab, o Fosfato da Cloroquina e algumas medicinas tradicionais chinesas, assim como a terapia de plasma convalescente, foram incluídos na guia de tratamento. A China também está impulsionando o uso de algumas tecnologias avançadas como as de células-mãe e anticorpos monoclonais no tratamento dos casos graves, indicou Wu Yuanbin, diretor geral de ciência e tecnologia para o desenvolvimento social do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).

O medicamento Fosfato da Cloroquina foi utilizado para curar 285 doentes graves da COVID-19 em um hospital em Wuhan, e não se registraram reações adversas evidentes até o momento, realizou Sun Yanrong, subdiretora do Centro Nacional de Desenvolvimento de Biotecnologia da China do MCT.

Dois testes clínicos do Remdesivir continuam em curso e se estão esperando seus resultados, segundo Sun.

A combinação das medicinas tradicionais chinesas e as ocidentais deu bons resultados no tratamento da COVID-19. As estatísticas mostram que 90% dos pacientes na Província de Hubei receberam o tratamento com os remédios tradicionais chineses, de acordo com Sun.