Batalha da China contra COVID-19 dá três importantes lições, diz revista
Beijing, 3 mar (Xinhua) -- Os esforços da China para conter a epidemia da COVID-19 fizeram uma grande diferença e dão três importantes lições para o mundo, disse a revista The Economist.
Como a doença do novo coronavírus está se espalhando para mais países, o que ela causa depende "muito do que os governos escolhem fazer, como a China mostra", disse a revista em um artigo principal.
Antes que o vírus se espalhasse muito para fora da Província de Hubei, centro da China e epicentro do surto, a China impôs a maior quarentena na história, fechando fábricas, interrompendo transportes públicos e instruindo o povo a ficar dentro de casa, notou o artigo.
"A ação elevou a consciência e mudou o comportamento", observou. "Sem ela, a China já teria registrado muitos milhões de casos e dezenas de milhares de mortes."
Mesmo que muitos países não possam copiar exatamente a China, "a sua experiência oferece três lições importantes -- conversar com o público, desacelerar a transmissão da doença e preparar sistemas da saúde para um aumento na demanda", indicou o artigo.
"A melhor hora para informar as pessoas sobre a doença é antes da epidemia", disse o artigo, acrescentando que até tentativas bem-intencionadas de aliviar a verdade são autoderrotistas, "porque elas espalham desconfiança, rumores e, finalmente, medo".
"Agora é o momento para persuadir os futuros 80% dos casos leves a ficar em casa e não correr para o hospital", sugeriu o artigo, notando que a experiência da China indica que cerca de 80% dos casos detectados serão leves.
"A segunda lição da China é que os governos podem retardar a propagação da doença", apontou o artigo. "Atenuar o pico da epidemia significa que os sistemas da saúde estão menos sobrecarregados, o que salva vidas."
"Quando os países tiverem menos casos, eles podem seguir cada um deles, rastreando os contatos e os isolando", notou o artigo.
Mas quando a doença está se espalhando na comunidade, "os governos precisam se preparar para o momento em que eles mudarão para o distanciamento social, o que pode incluir cancelamento de eventos públicos, fechamento de escolas, dessincronização de horas de trabalho e outros", sugeriu o artigo.
"A terceira lição é preparar os sistemas da saúde para o que está por vir", disse o artigo.
"Os hospitais precisam de suprimentos de roupões, máscaras, luvas, oxigênio e medicamentos", notou ele. "Eles precisam de um esquema para como reservar enfermarias e andares para pacientes da COVID-19, como agir se profissionais médicos ficarem doentes e como escolher entre os pacientes se estiverem sobrecarregados."
Notando que o vírus testará tanto os países ricos quanto em desenvolvimento, o artigo disse que como a China já comprou tempo para os governos se prepararem, "eles devem usá-lo."
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