Pesquisa aponta que pacientes com COVID-19 podem não ter febre ou anormalidade na TC

2020-03-03 16:24:43丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 3 mar (Xinhua) -- Pesquisadores chineses descobriram que os pacientes com COVID-19 podem não ter febre ou anormalidade na Tomografia Computadorizada (TC), de acordo com um estudo publicado recentemente no New England Journal of Medicine.

No geral, febre e tosse são os sintomas mais comuns, enquanto a diarreia é incomum, apontou o artigo, cujo autor correspondente é o renomado especialista chinês em respiração, Zhong Nanshan.

Cerca de 43,8% dos pacientes analisados tiveram febre quando foram admitidos no hospital, e a taxa subiu para 88,7% durante a internação à medida que a doença se agravou, revelou.

A ausência de febre na COVID-19 é mais frequente do que nas infecções por SARS-CoV e MERS-CoV, e esses pacientes podem passar batido se a triagem se concentrar na detecção da febre, afirmou o estudo.

O estudo elaborou as características clínicas da infecção por COVID-19 com base nos dados de 1.099 pacientes confirmados em 552 hospitais de 30 regiões provinciais chinesas.

Na admissão, cerca de 56,4% dos pacientes apresentaram opacidade em vidro fosco na tomografia computadorizada (TC) do tórax.

Mas nenhuma anormalidade radiográfica ou tomográfica foi encontrada em 157 de 877 pacientes (17,9%) com doença não grave e em cinco dos 173 pacientes (2,9%) com doença grave, revelou.

A linfocitopenia foi observada na maioria dos pacientes na hora da internação.

A idade mediana dos pacientes estudados foi de 47 anos, com um período médio de incubação de quatro dias, e 41,9% eram do sexo feminino, segundo o artigo.

A taxa de letalidade dos casos estudados foi de 1,4%, semelhante às estatísticas oficiais nacionais.

Apenas 1,9% dos pacientes tinham histórico de contato direto com a vida selvagem. Entre os não residentes de Wuhan, 72,3% tiveram contato com pessoas de Wuhan, incluindo 31,3% que estiveram na cidade.

O estudo também mostrou que o vírus pode ser detectado no trato gastrointestinal, saliva e urina de alguns pacientes, recomendando assim que seja adotada mais proteção higiênica.

A presença de "super-espalhadores" não pode ser descartada, segundo o texto.

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