Cientistas do Brasil e de Oxford sequenciam em 2 dias genoma do primeiro caso de coronavírus detectado no país
Rio de Janeiro, 28 fev (Xinhua) -- Pesquisadores brasileiros e britânicos sequenciaram em apenas dois dias o genoma do vírus 2019 n-CoV do primeiro caso de coronavírus registrado no Brasil, informaram fontes médicas nesta sexta-feira.
Segundo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o trabalho para sequenciar o vírus, que geralmente demora uma média de 15 dias, foi realizado pelo Instituto Adolfo Lutz em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e com a Universidade de Oxford (Grã Bretanha).
A notícia divulgada pela Fapesp explica que a primeira análise preliminar mostra que o genoma do coronavírus diagnosticado no Brasil difere em três pontos no código genético do vírus encontrado inicialmente em Wuhan, cidade chinesa onde a doença surgiu.
"É uma velocidade incrível. Da mesma maneira como a Itália fez lá recentemente e publicaram. Isso ajuda no desenvolvimento de testes de diagnóstico, ajuda em uma série de outros desenvolvimentos tecnológicos, tem um peso muito importante", comentou o secretário nacional de vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira.
A análise genética do RNA de um vírus é fundamental para o desenvolvimento de vacinas e para a criação de testes diagnósticos, além de ser importante para rastrear sua dispersão e para detectar mutações que possam alterar a evolução da doença.
O Brasil confirmou o primeiro caso de COVID-19 no país na quarta-feira, em um cidadão de 61 anos, residente em São Paulo, que tinha regressado semana passada de uma viagem à Itália, o país europeu com mais casos do coronavírus.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira, há 182 casos suspeitos no país, enquanto outros 71 foram descartados.
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