Relatório da China é importante para a OMS dar conselhos, diz organização
Genebra, 17 fev (Xinhua) -- A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta segunda-feira que o mais recente relatório epidemiológico sobre a COVID-19 da China é importante para permitir que a organização dê conselhos a outros países.
Com dados detalhados sobre mais de 44 mil casos confirmados, o documento divulgado pela China nesta segunda-feira oferece "uma melhor compreensão sobre a faixa etária das pessoas afetadas, a severidade da doença e a taxa de mortalidade", disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Eles são muito importantes para permitir que a OMS ofereça bom conselho baseado em evidência para outros países. Encorajamos que todos os países compartilhem seus dados publicamente", destacou ele.
À medida que mais informações vindas da China estão mostrando uma imagem mais clara da epidemia, sobre como ela se desenvolve e para onde poderia se direcionar, a COVID-19 "não é tão mortal como outros coronavírus incluindo SARS e MERS."
Mais de 80% dos pacientes têm sintomas leves e se recuperarão; o vírus causa doença severa em cerca de 14% dos casos, incluindo pneumonia e dificuldade em respirar; aproximadamente 5% dos pacientes desenvolvem doença crítica incluindo parada respiratória; e em somente 2% dos casos relatados, o vírus é fatal, segundo a OMS. A entidade acrescenta que relativamente poucos casos aconteceram entre crianças e mais pesquisas são necessárias para descobrir a razão.
Atualmente, uma equipe de especialistas internacionais da OMS está na China trabalhando com pesquisadores chineses para entender melhor aquelas lacunas cognitivas e melhorar o entendimento da epidemia, salientou Tedros.
Ele reiterou a importância de aproveitar a janela de oportunidade para combater o vírus, já que a maioria dos casos está confinada na China, e pediu que a comunidade internacional abasteça o fundo de US$ 675 milhões da OMS para apoiar os países na preparação para o surto.
Apesar de uma redução aparente de novos casos da COVID-19 na China, Tedros ressaltou que ainda é cedo demais para dizer se o declínio continuará.
Uma queda aparente em novos casos, como mostrada no relatório, "deve ser interpretada com muito cautela; tendências podem se alterar à medida que novas populações são afetadas", alertou.
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