(Multimídia) Não há evidência de que grávida transmite COVID-19 para filho, diz estudo

2020-02-14 11:33:35丨portuguese.xinhuanet.com

Profissional médico coloca um bebê na incubadora do Segundo Hospital Afiliado à Universidade Jiaotong de Xi'an, em Xi'an, Província de Shaanxi, no noroeste da China, em 10 de fevereiro de 2020. A mãe foi infectada pela pneumonia pelo novo coronavírus, felizmente o bebê não mostrou sinais de infecção. (Xinhua/Li Yibo)

Beijing, 14 fev (Xinhua) -- Resultados preliminares indicam que o novo coronavírus (COVID-19) não pode ser transmitido de mãe para filho no final da gravidez, segundo um estudo publicado na revista The Lancet de quarta-feira.

Como os dados disponíveis sobre mulheres grávidas com pneumonia por COVID-19 estão limitados, o estudo teve como objetivo avaliar as características clínicas do COVID-19 na gravidez e o potencial de transmissão vertical intrauterina da infecção pelo novo coronavírus.

Pesquisadores do Hospital Zhongnan da Universidade Wuhan e do Primeiro Hospital da Universidade de Beijing avaliaram os históricos clínicos de nove mulheres em fase tardia de gravidez que tiveram pneumonia causada pelo COVID-19.

Todas as nove tiveram bebês nascidos vivos, e os pesquisadores testaram amostras de líquido amniótico, sangue do cordão umbilical, raspagem na garganta e leite materno em seis dos nove casos. As amostras foram coletadas no momento do parto para garantir que não fossem contaminadas.

Todos os bebês e amostras testaram negativos para o vírus, e os resultados desse pequeno grupo de casos sugeriram que atualmente não há evidências de infecção intrauterina causada por transmissão vertical em mulheres que têm pneumonia por COVID-19 no final da gravidez.

Os pesquisadores explicaram que o acompanhamento futuro das mulheres e crianças no estudo será necessário para determinar sua segurança e saúde a longo prazo. Eles alertam que suas descobertas se baseiam em um número limitado de casos por um curto período de tempo e incluem apenas mulheres que estavam na fase tardia de gravidez e deram à luz por cesariana.

O estudo vem após a notícia de um recém-nascido infectado com COVID-19, apenas 30 horas depois de seu nascimento em 2 de fevereiro.

Zhang Yuanzhen, um dos pesquisadores, disse que, como faltam muitos detalhes clínicos importantes deste caso, não se pode concluir a partir desse caso se a infecção intrauterina é possível.

"Devemos continuar a prestar atenção especial aos recém-nascidos de mães com pneumonia por COVID-19 para ajudar a prevenir infecções nesse grupo", disse Zhang.

Qiao Jie, do Terceiro Hospital da Universidade de Beijing, acrescentou que a pesquisa fornece informações sobre as características clínicas, os resultados da gravidez e o potencial de transmissão vertical da infecção por COVID-19 em mulheres grávidas.

"Embora o estudo tenha analisado apenas um pequeno número de casos em circunstâncias tão emergentes, essas descobertas são valiosas para a prática preventiva e clínica na China e em outros lugares", disse Qiao.

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