China pede que países suspendam restrições de viagens por conta do coronavírus

Beijing, 13 fev (Xinhua) -- As autoridades de aviação da China expressaram na quarta-feira a esperança de que certos países sigam o conselho das organizações internacionais e suspendam as proibições de viagem o mais breve possível para facilitar as viagens transfronteiriças.

Liang Nan, funcionária da Administração de Aviação Civil da China (AACC), disse que o setor de aviação civil da China está disposto a trabalhar com outros países e adotar rigorosas medidas de controle epidêmico para proteger a saúde dos passageiros.

A propagação da pneumonia causada pelo novo coronavírus (COVID-19), detectada pela primeira vez na cidade de Wuhan (centro da China), tem afetado drasticamente a operação de voos internacionais, uma vez que as companhias aéreas tiveram que cortar os voos devido à fraca demanda de mercado.

A AACC compreende a decisão de reduzir o número de voos e aprovou tais ajustes prontamente. Ao mesmo tempo, organizou e aprovou voos fretados para transportar os passageiros retidos, tanto cidadãos chineses quanto estrangeiros, declarou Liang.

No entanto, ela observou que certos países reagiram exageradamente ao suspender os voos para e desde a China ou implementar restrições à entrada nas fronteiras.

"Tais restrições impactaram negativamente o mercado global de aviação, causando transtornos aos viajantes internacionais", afirmou ela.

Liang disse que a AACC tem mantido a Organização Internacional de Aviação Civil atualizada sobre as medidas de controle epidêmico da China para voos internacionais e reforçado a comunicação com as autoridades de aviação de outros países e regiões.

Ela pediu que todos os países sigam as recomendações das organizações internacionais e sejam cautelosos ao considerar medidas restritivas, em especial as ordens governamentais de suspensão de voos, a fim de eliminar o impacto epidêmico no transporte aéreo internacional.

A Organização Internacional de Aviação Civil tem pedido repetidamente a seus membros que sigam as recomendações de viagem e saúde emitidas pela Organização Mundial da Saúde e não imponham restrições inconsistentes com o Regulamento Sanitário Internacional.

Outras organizações de aviação, incluindo a Associação Internacional de Transporte Aéreo e a Associação das Companhias Aéreas da Ásia e do Pacífico, também se manifestaram contra as restrições de viagens que prejudicam o transporte aéreo internacional.