(Multimídia) China pede cooperação internacional para superar crise de saúde pública
Os trabalhadores médicos animam um pelo outro antes de partir para Wuhan (Província de Hubei) em Zhengzhou (Província de Henan) em 2 de fevereiro de 2020. O segundo lote de 122 trabalhadores médicos de Henan partiu no domingo para ajudar nos esforços de controle do coronavírus em Wuhan. (Xinhua/Li An)
Beijing, 5 fev (Xinhua) -- A China pediu na terça-feira cooperação internacional para combater a crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, fez esses comentários em uma entrevista coletiva online.
Hua respondeu a uma pergunta sobre a 146ª sessão do Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que começou na segunda-feira, quando o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu mais uma vez que todos os países tomem decisões baseadas em evidência e consistentes.
A OMS fez recomendações de que não há razão para tomar medidas que interfiram desnecessariamente nas viagens e no comércio no nível internacional.
Tedros também disse que o mundo deve combater a propagação de rumores e a desinformação.
Hua citou Tedros para assinalar que esta é a hora para fatos, não para medo. O vírus é horrível, mas os rumores e o pânico são piores. "Portanto, a OMS pediu a todos os países que implementem decisões baseadas em evidência e consistentes."
"O fato é que, desde o início do surto, a China vem tomando medidas estritas e sem precedentes para a prevenção e o controle da epidemia, muitas das quais superam de longe as recomendações da OMS e os requisitos do Regulamento Sanitário Internacional", disse Hua.
Segundo um relatório da OMS divulgado na segunda-feira, há um total de 153 casos confirmados do novo coronavírus fora da China, o que é menos de 1% do número confirmado no país asiático. Ao contrário, em 2009, a gripe H1N1 dos Estados Unidos se propagou a 214 regiões e países.
"Graças aos esforços da China, freamos a propagação transfronteiriça do vírus. A OMS aplaudiu o que a China tem feito e disse que o país está estabelecendo um novo padrão para a resposta a surtos", acrescentou a porta-voz.
Hua assinalou que, conforme informou a imprensa, a gripe suína A/H1N1 de 2009 causou mais de 1,63 milhão de casos de infecção, 284.500 mortes, com uma taxa de mortalidade de 17,4%. A taxa de mortalidade do MERS (síndrome respiratório do Oriente Médio) em 2012 foi de 34,4%, e a do ebola, 40,4%.
Com os incansáveis esforços da China, a taxa de mortalidade do 2019-nCoV na China é de aproximadamente 2,1%, muito mais baixa que os números anteriores, disse.
"Os pacientes curados começaram no sábado a superar em número os mortos. Até o fim da segunda-feira, 632 pacientes tinham se curado e recebido alta hospitalar. Temos a confiança e capacidade para vencer esta batalha", afirmou a porta-voz chinesa.
Assinalou que o objetivo principal da OMS ao declarar o 2019-nCoV como uma emergência de saúde pública de interesse internacional foi ajudar os países que têm sistemas de saúde mais fracos e que têm deficiências na preparação para obter a assistência internacional necessária. Hua disse que a OMS desaprova e inclusive rechaça as proibições comerciais e turísticas contra a China.
"Entretanto, foram precisamente alguns países desenvolvidos com sistemas de saúde sólidos e capacidades avançadas de saúde pública os que impuseram restrições excessivas na China, claramente contra os conselhos da OMS", assinalou a porta-voz.
"O vírus não conhece fronteiras. A epidemia é temporária, mas a cooperação é duradoura. Diante de crises de saúde pública, os países devem trabalhar juntos para superar as dificuldades e isso serve aos interesses comuns de todos", enfatizou Hua.
Uma vista exterior da sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, na Suíça, 22 de janeiro de 2020. (Xinhua/Liu Qu)
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