(Multimídia) China pede que países relevantes vejam a epidemia de maneira racional e calma

2020-02-04 13:25:07丨portuguese.xinhuanet.com

Uma enfermeira limpa os óculos no Hospital Municipal de Zhangzhou, em Zhangzhou, da Província de Fujian, sudeste da China, em 2 de fevereiro de 2020. (Foto por Xiao Heyong/Xinhua)

Beijing, 4 fev (Xinhua) -- A China pediu na segunda-feira que os países relevantes vejam a epidemia do novo coronavírus de maneira racional e calma e façam respostas científicas e ponderadas.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, fez as declarações ao comentar sobre o fato de que certos países anunciaram sucessivamente restrições à entrada de cidadãos chineses. Entre eles, os Estados Unidos elevaram seu nível de aviso de viagem à China ao nível mais alto e baniram temporariamente a entrada de todos os estrangeiros que viajaram para a China nos últimos 14 dias a partir de 2 de fevereiro.

Agindo com um alto senso de responsabilidade com a saúde das pessoas, o governo chinês vem tomando as medidas mais abrangentes e rigorosas de prevenção e controle após o surto da epidemia, muitas delas muito além do exigido pelo Regulamento Sanitário Internacional, disse Hua.

Hua citou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que disse que a China está estabelecendo um novo padrão para a resposta a surtos. No mesmo discurso, ele disse explicitamente que a declaração de uma emergência de saúde pública de importância internacional não significa uma desconfiança pela China. Pelo contrário, a OMS continua tendo confiança no país asiático para controlar a epidemia e não há razão para tomar medidas desnecessárias que restrinjam viagens e comércio internacionais.

Observando que a maioria dos países aprecia e apoia os esforços da China para combater o novo coronavírus, Hua disse que a China os entende e respeita quando adotam ou intensificam as medidas de quarentena nas entradas de fronteiras. "Entretanto, alguns países, em particular os Estados Unidos, reagiram inadequadamente, o que certamente contraria os conselhos da OMS."

"O governo dos Estados Unidos não nos forneceu nenhuma assistência substancial, mas foi o primeiro a retirar o pessoal de seu consulado em Wuhan, o primeiro a sugerir a retirada parcial do pessoal da embaixada e o primeiro a impor uma proibição abrangente de viagens dos viajantes chineses. (As ações dos Estados Unidos) só podem criar e espalhar medo, dando um mau exemplo para os outros", disse a porta-voz.

Hua disse que mesmo a mídia e especialistas dos Estados Unidos duvidam da decisão do governo. Eles disseram que as restrições do governo dos Estados Unidos à China são exatamente o que a OMS rejeita e que os Estados Unidos estão passando do excesso de confiança para medo e reação exagerada e que a proibição da entrada de estrangeiros que viajaram para a China nos últimos 14 dias é suspeita de infringir os direitos civis, em vez de reduzir os riscos de propagação de vírus, de acordo com Hua.

A porta-voz chinesa citou um relatório recente dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, dizendo que a gripe da temporada 2019-2020 causou 19 milhões de casos de infecção e pelo menos 10 mil mortes nos Estados Unidos. Em contraste, até 2 de fevereiro, 17.205 casos de nova infecção por coronavírus (2019-nCoV) foram confirmados na China, com 361 mortes e 475 curados, enquanto há apenas 11 casos confirmados nos Estados Unidos.

"O contraste é instigante", disse Hua.

Ela indicou que o ministro da Saúde do Canadá disse que o país não seguiria os Estados Unidos para impor restrições de viagem a cidadãos chineses ou estrangeiros que estiveram na China e disse que isso foi infundado. "É um forte contraste com o comportamento dos Estados Unidos", disse Hua.

Observando que os destinos de todos os países estão estreitamente ligados em um mundo globalizado, Hua disse que diante de uma crise de saúde pública os países devem trabalhar em conjunto para superar as dificuldades, em vez de recorrer a uma política conduzida à custa do enfraquecimento econômico de outros países, muito menos tirar proveito das dificuldades dos outros.

Segundo Hua, desde 3 de janeiro, o lado chinês notificou 30 vezes os Estados Unidos da epidemia e das medidas de controle da China. O Centro Chinês de Controle e Prevenção de Desastres e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos fizeram várias rodadas de comunicações sobre o surto. Em 29 de janeiro, a Comissão Nacional de Saúde da China (CNSC) respondeu por meio de um canal oficial ao lado dos Estados Unidos que a China os recebe para participar de um grupo conjunto de especialistas da OMS. Os Estados Unidos agradeceram isso à China no mesmo dia. Em 31 de janeiro, os Estados Unidos disseram à CNSC que entraram em contato com a sede da OMS e apresentaram uma lista de especialistas dos Estados Unidos que desejam ingressar no grupo.

"Esperamos que os países relevantes façam julgamentos e respostas razoáveis, calmos e baseadas em fatos", disse a porta-voz, acrescentando que a China aumentará a cooperação com a OMS e a comunidade internacional de maneira aberta, transparente e altamente responsável.

"Temos a confiança e a capacidade de vencer essa batalha o mais rápido possível", disse ela.

Zhao Li (direito) abraça sua colega Lei Xiaofen em Xi'an, Província de Shaanxi, noroeste da China, em 2 de fevereiro de 2020, antes de partir para a Província de Hubei para ajudar nos esforços de controle de novo coronavírus lá. (Xinhua/Li Yibo)

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