Chefe da OMS critica desnecessária interferência nas viagens e comércio internacionais por coronavírus

Genebra, 3 fev (Xinhua) -- O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na segunda-feira que "não vê razão" para a desnecessária interferência nas viagens e no comércio internacionais durante o surto do novo coronavírus.

Na 146ª sessão da reunião do Conselho Executivo da OMS que começou na segunda-feira em Genebra, o chefe da OMS pediu a todos os países que implementem medidas apoiadas em evidência para enfrentar o vírus e reiterou que a OMS está pronta para oferecer assessoria os países sobre como lidar com o surto.

Na semana passada, o diretor-geral declarou que o surto do novo coronavírus é uma emergência de saúde pública de importância internacional (PHEIC, em siglas inglesa).

Fora da China, existem 151 casos confirmados em 23 países, e uma morte reportada nas Filipinas no domingo, assinalou.

"Sem os esforços da China, o número de casos fora da China seria muito major", reiterou.

"A decisão de declarar uma PHEIC foi adotada principalmente pelos sinais de transmissão entre humanos fora da China, e nossa preocupação do que poderia acontecer se o vírus se propagasse em um país com um sistema de saúde mais fraco", acrescentou.

Tedros elogiou de novo os esforços da liderança chinesa no combate à epidemia.

O chefe da OMS explicou que o esforço atual deve continuar enfocado em combater o vírus no epicentro e a fonte, o que poderia desacelerar e minimizar a propagação do vírus a outros países.

Tedros expressou confiança em manter o surto sob controle, mas advertiu que "não se equivoquem, pode até piorar. Mas se dermos o nosso melhor, o resultado pode ser ainda melhor".