Washington, 17 jan (Xinhua) -- O recém-assinado acordo comercial China-EUA de fase um reduzirá a incerteza que impediu o crescimento econômico global, afirmou a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

"É um sinal acolhedor de que agora temos o acordo da primeira fase, em termos de redução de parte da incerteza", disse Georgieva em um evento promovido pelo Instituto Peterson de Economia Internacional, um grupo de reflexão sediado em Washington D.C.

A chefe do FMI disse que sua organização está fazendo algumas projeções sobre o impacto de mais certeza, que será compartilhado na segunda-feira como parte do Panorama Econômico Mundial, que será lançado no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

O credor multilateral espera que o acordo comercial apoie o crescimento do produto interno bruto (PIB) da China, disse Georgieva. "Isso traz à China os parâmetros em torno do crescimento de 6 por cento em 2020, e não abaixo disso", disse ela.

Em outubro, Georgieva alertou que as tensões comerciais estavam "afetando o crescimento global", em uma época em que a economia global passava por uma "desaceleração sincronizada".

De acordo com o cálculo anterior do FMI, o efeito cumulativo do conflito comercial EUA-China, desde que não sejam tomadas medidas, pode significar uma perda de 0,8 por cento do PIB global, ou cerca de 700 bilhões de dólares americanos em 2020.

"O que estamos vendo agora é que temos alguma redução dessa incerteza, mas não está eliminada", disse Georgieva. "Veríamos o encolhimento desse impacto negativo, mas não a erradicação desse impacto".