Destaque: Pecuaristas bolivianos veem "sonho de longa data" em exportar carne bovina para a China
La Paz, 9 jan (Xinhua) - A abertura do mercado chinês à carne boliviana foi um destaque de 2019, de acordo com pecuaristas bolivianos.
Em 2019, o setor pecuário viu seu "sonho de longa data" de exportar carne bovina para a China, disse à Xinhua, Oscar Ciro Pereyra, presidente da Confederação Boliviana de Bovinos (Congabol).
Os dois países fizeram acordos comerciais sobre importação de quinoa, café e soja bolivianos.
No dia 28 de agosto, a Bolívia fez seu primeiro embarque de carne bovina para a China, despachando cerca de 100 toneladas de carne congelada desossada.
Os criadores de gado bolivianos tentaram aproveitar ao máximo o mercado aberto da China, depois das vendas do ano passado de 3.000 toneladas de carne bovina, que "geraram 16 milhões de dólares americanos" para o país latino-americano, disse Pereyra.
Outro destaque de 2019 foi um acordo de exportação com a Rússia, disse ele.
Como parte do objetivo da Congabol de tornar a Bolívia um dos 15 principais exportadores de carne bovina do mundo, o setor pretende continuar diversificando seu mercado de exportação.
Atualmente, a Bolívia exporta produtos de carne para países como Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Vietnã. A China, com uma população de cerca de 1,4 bilhão, é um mercado com enorme potencial, segundo Pereyra.
A Bolívia está "livre de febre aftosa por meio da vacinação" e esse status "abriu o mercado de carne para nós", disse Pereyra.
"Em 2020, devemos trabalhar para obter a certificação como um país com risco insignificante de vaca louca", acrescentou Pereyra.
A Bolívia possui cerca de 10 milhões de cabeças de gado, o equivalente a 260.000 toneladas de carne bovina, e o setor registrou uma taxa média de crescimento de 4 por cento em 2019, segundo a Congabol.
Cerca de 200.000 toneladas de carne são destinadas ao consumo doméstico na Bolívia. O departamento leste de Santa Cruz é o principal produtor de carne bovina da Bolívia, responsável por 43 por cento da produção total, seguido pelo departamento de Beni, no nordeste, com 31 por cento.
Gary Rodriguez, gerente-geral do Instituto Boliviano de Comércio Exterior (IBCE), descreveu a iniciativa da China de abrir seu mercado à carne boliviana como um evento divisor de águas na história do país, que proporcionou ao setor uma grande oportunidade de crescimento.
"Esta é uma grande oportunidade para expandir o mercado de carnes e outros produtos de valor agregado", disse Rodriguez à Xinhua.
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