Grécia, Chipre e Israel assinam acordo para gasoduto EastMed

2020-01-04 09:51:31丨portuguese.xinhuanet.com

Atenas, 2 jan (Xinhua) - Grécia, Chipre e Israel assinaram na quinta-feira em Atenas um acordo intergovernamental para a construção do gasoduto do Mediterrâneo Oriental (EastMed), que deve vincular as reservas de gás da região à Grécia e ao resto da Europa.

O projeto visa "contribuir para a segurança energética dos estados membros da UE, diversificando fontes e caminhos de energia", disse um comunicado à imprensa enviado pelo escritório do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, após a cerimônia de assinatura.

O acordo foi assinado na presença de Mitsotakis, seu colega israelense, Benjamin Netanyahu, e do presidente cipriota, Nicos Anastasiades, pelos ministros da energia dos três países.

O acordo de quinta-feira, que segue um acordo-quadro inicial assinado no ano passado em Israel, contém disposições sobre medidas para a proteção e segurança do gasoduto, bem como a estrutura de licenciamento regulamentar para facilitar o projeto e a estrutura tributária comum que o governa, informou a agência de notícias nacional grega AMNA, citando fontes do governo.

Em uma conferência de imprensa conjunta após a assinatura do acordo, todos os três líderes enfatizaram que o EastMed era um "canal de paz".

Discursando sobre o evento, eles disseram que o acordo também prevê a possibilidade de incorporar outros países no projeto e a possibilidade de transferir quantidades adicionais de gás natural de reservas existentes ou novas que possam ser encontradas no futuro.

O acordo para o EastMed "tem um aspecto financeiro, de desenvolvimento, diplomático e geoestratégico. É um dos maiores gasodutos de gás natural do mundo. Trará benefícios óbvios para os países participantes, mas também contribuirá para a paz e estabilidade geopolítica", disse Mitsotakis na conferência de imprensa.

"A cooperação que desenvolvemos não visa nenhum país terceiro. Pelo contrário, qualquer país que queira participar é muito bem-vindo, desde que cumpra plenamente os princípios do direito internacional", acrescentou Anastasiades.

"Sob todos os pontos de vista, este é um dia histórico", enfatizou Netanyahu.

O gasoduto EastMed está programado para atravessar o Mar Mediterrâneo a partir das reservas de gás encontradas em Israel nos últimos anos para a ilha de Creta, oeste da Grécia e depois para a Itália.

O projeto também pode acomodar futuras descobertas de gás em águas ao largo de Chipre e Grécia, onde a exploração está em andamento.

A Itália deve assinar o acordo posteriormente, afirmou o governo grego.

O gasoduto terá 1.872 km de extensão, com capacidade inicial de 10 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás anualmente, com um orçamento mínimo de 5,2 bilhões de euros (5,81 bilhões de dólares americanos) e poderá expandir para o dobro do que com a mais recente tecnologia de compressão, de acordo com um comunicado de imprensa do Ministério do Meio Ambiente e Energia da Grécia.

O ministério acrescentou que o gasoduto proporcionará à Grécia uma vantagem geopolítica em comparação com soluções alternativas para a distribuição de gás natural no norte do Mediterrâneo.

O projeto, apoiado pela União Europeia e pelos EUA, visa ajudar a diversificar as fontes de energia da Europa, disseram as três partes.

Na quinta-feira, em Atenas, a Corporação Pública de Gás da Grécia (DEPA) assinou uma carta de intenções com a empresa Energean Oil & Gas, sediada em Londres, para o fornecimento de 2 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás natural anualmente dos campos de gás da Energean no exterior Israel através do EastMed.

Foi o primeiro acordo comercial selado para o gasoduto, observou um comunicado de imprensa conjunto enviado por e-mail pelas duas empresas. (1 euro = 1,12 dólar americano)

 

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