Coligação de comércio dos EUA pede que Trump chegue acordo da "primeira fase" com a China

2019-12-12 19:23:21丨portuguese.xinhuanet.com

Washington, 11 dez (Xinhua) -- Americans for Free Trade, uma coligação de mais de 150 associações unidas contra tarifas, pediu na quarta-feira que o presidente dos EUA, Donald Trump, chegue a um acordo da "primeira fase" com a China.

"Pedimos que você chegue a um acordo da Primeira Fase com a China e tome medidas necessárias para resolver a atual disputa comercial", escreveu a coligação em uma carta a Trump, encorajando fortemente a administração a suspender a implementação das chamadas "tarifas Tranche 4B" sobre mercadorias chinesas programadas para 15 de dezembro se um acordo de "primeira fase" não for finalizado antes disso.

O governo Trump anunciou em agosto um plano para colocar tarifas de 15% sobre bilhões de dólares de bens de consumo fabricados na China em 15 de dezembro, conhecida como a lista de bens "4B".

"Acreditamos que é incrivelmente importante que as negociações em andamento possam continuar sem preocupação de que novas tarifas entrem em vigor antes de chegada de um acordo", disse a carta, acrescentando que o governo dos EUA havia adiado essas tarifas.

"Como você observou quando as tarifas do Tranche 4B foram anunciadas, você adiou a implementação dessas tarifas especificamente para evitar prejudicar os consumidores norte-americanos durante o feriado. Esse atraso deve ser estendido até que um acordo seja alcançado", afirmou a carta.

O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, disse no mês passado que a China está disposta a trabalhar com o lado dos EUA para resolver adequadamente as principais preocupações um do outro, com base na igualdade e no respeito mútuo, e se esforçará para alcançar um acordo de "primeira fase", que atenda aos interesses dos dois países e do restante do mundo.

A carta veio depois que o grupo da campanha anti-tarifa Tariffs Hurt the Heartland disse na segunda-feira que consumidores e empresas norte-americanas pagaram US$ 42 bilhões adicionais entre fevereiro de 2018 e outubro de 2019 como resultado das disputas comerciais iniciadas por Washington.

"Continuamos acreditando que as tarifas são a abordagem errada e acreditamos que essas tarifas estão causando danos econômicos crescentes às empresas, trabalhadores, agricultores e famílias norte-americanas em todo o país", afirmou a coligação.

Citando uma pesquisa da Trade Partnership Worldwide, LLC, uma empresa internacional de consultoria econômica e de comércio, a coligação afirmou que as tarifas da Seção 301 dos EUA sobre produtos chineses, juntamente com as tarifas da Seção 232 sobre aço e alumínio e retaliação, custam à família norte-americana com quatro membros quase US$ 800 este ano em média e reduziu 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA.

Se tarifas adicionais sobre todas as importações chinesas restantes forem aplicadas, "os impactos negativos para as famílias norte-americanas crescerão para mais de US$ 2,3 mil e o impacto no PIB dos EUA será de 1% negativo", alertou a coligação.

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