Especialista brasileira destaca defesa do multilateralismo pelo presidente chinês na 11ª Cúpula do BRICS

Brasília, 15 nov (Xinhua) -- A defesa do multilateralismo e da ampliação de vozes dos países emergentes nos assuntos internacionais feita nesta quinta-feira pelo presidente chinês, Xi Jinping, na 11ª Cúpula do BRICS -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- foi destacada pela brasileira Isabelle Carvalho, analista de Relações Internacionais da Câmara de Comércio Brasil-China.

Carvalho assinalou que o discurso de Xi na Cúpula do BRICS ilustra como a China reforça sua posição sobre a importância de uma economia mundial aberta para conseguir o desenvolvimento de todas as nações.

Segundo o presidente chinês, o desenvolvimento da China é uma oportunidade para todo o mundo e o país está muito comprometido com a ampliação da cooperação com todos os países, especialmente com os países do BRICS.

"Recentemente, durante a Exposição Internacional de Importação da China, Xi declarou que a China está promovendo novos acordos comerciais e se compraz em seguir participando ativamente da cooperação com as Nações Unidas, G20, APEC, BRICS, e que impulsionará a Iniciativa do Cinturão e Rota para uma sólida globalização econômica", apontou Carvalho.

A analista brasileira destacou que a posição da China em relação com o multilateralismo, a promoção de resultados mutuamente benéficos e relações internacionais baseadas em regras representa a continuidade de princípios básicos de sua política externa.

"O processo de reforma e abertura da China começou na década 1970 sob a administração de Deng Xiaoping, e até agora a China continua promovendo esses princípios. Agora, a China alcançou um alto nível de desenvolvimento, já que o país se converteu na segunda maior economia do mundo em apenas algumas décadas depois da planificação estratégica de Deng", recordou.

Em seu discurso na 11ª Cúpula do BRICS, Xi disse que o aumento do unilateralismo e protecionismo cria um déficit de confiança e produtividade a nível mundial, trazendo fatores de instabilidade para a comunidade internacional.

"Para o presidente chinês, os principais mercados emergentes, como as economias do BRICS, devem se manter fiéis aos compromissos de cooperação e desenvolvimento pelo bem dos povos do mundo. A defesa do multilateralismo e da ampliação das vozes dos países emergentes nos assuntos internacionais devem ser uma prioridade", ressaltou Carvalho. Fim