(Multimídia) Apex-Brasil: Exposição de importação da China é importante local para mostrar produtos brasileiros
Os visitantes estão visitando o pavilhão brasileiro na segunda Exposição Internacional de Importação da China. (Xinhua/Fan Peishen)
Por Hu Renrong, correspondente da Xinhua
Shanghai, 8 nov (Xinhua) -- É muito importante que empresas brasileiras participem da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, na sigla em inglês), realizada até o dia 10 de novembro em Shanghai, afirmou o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Sergio Segovia.
O pavilhão nacional brasileiro na CIIE abriu na quarta-feira para exibir principalmente produtos do setor de agronegócios, como açaí, café, cachaça, pão de queijo, mel e espumantes.
"A inauguração do nosso pavilhão é de importância fundamental, afinal a China é o nosso parceiro comercial, e no ano passado o aumento das exportações do Brasil para a China foi em torno de 30%", afirmou Segovia na cerimônia de abertura.
"Como esta feira é voltada para a importação pela China de produtos, nada mais importante do que apresentarmos aqui toda a nossa capacidade de produção, inclusive na área do agronegócio, para que os chineses e o mercado chinês tenham conhecimento desses excelentes produtos que o Brasil oferece."
Em entrevista a jornalistas chineses após a abertura do pavilhão, Segovia destacou que a economia do Brasil está entre as dez maiores do mundo e que o país conta com uma indústria muito diversificada. O setor de agronegócios tem o maior superavit do mundo, e o Brasil, grande exportador de café, frango, carne bovina, soja, milho e suco de laranja, produz produtos de qualidade e sustentáveis.
Segundo ele, a feira é uma forma para os exportadores brasileiros conhecerem o mercado chinês e de mostrarem os produtos do país sul-americano. "A China é o país para o qual mais exportamos e do qual mais importamos, então, sendo nosso maior parceiro comercial, nada mais importante do que estamos presentes em uma feira com o porte da CIIE."
Sobre a importância do mercado chinês, Segovia disse que a Apex-Brasil tem três principais tarefas e que a China se encaixa perfeitamente nelas: promover a exportação dos produtos brasileiros; internacionalizar as empresas brasileiras; e atrair investimento estrangeiro para o Brasil. A China é um mercado extremamente promissor, disse ele.
Sobre as relações econômicas e comerciais entre os dois países, Segovia disse que o relacionamento com a China é fantástico e um jogo ganha-ganha, caracterizado por confiança mútua, e que esse relacionamento comercial deve se estreitar e se fortalecer mais, tanto na área de exportar produtos para o país asiático, como para as empresas brasileiras se instalarem na China e tê-la como um hub para a Ásia, e além de atrair capital chinês para investir em jont-ventures e infraestruturas no Brasil.
O chefe da Apex-Brasil ressaltou também que as economias do Brasil e da China têm complementaridade, mas que o Brasil tem que ampliar um pouco o portfólio de exportação para o país asiático e aumentar o valor agregado do que que vende à China. "Não queremos ficar presos à exportação de soja e minério de ferro", disse.
Segovia disse que o Brasil tem um programa de US$ 300 bilhões de investimento em infraestrutura, o que representa grande oportunidade para os empresários chineses e de outros países investirem em ferrovias, aeroportos, portos e saneamento básico no país sul-americano.
Na primeira edição da CIIE, realizada no ano passado, o Brasil foi um país homenageado, e Segovia exaltou dois resultados positivos: US$ 400 milhões em acordos nos setores de alimentos e equipamentos médicos, e um conhecimento do mercado chinês por parte das empresas brasileiras.
A Apex-Brasil, com base nas experiências obtidas nas edições de 2018 e 2019, também trará empresas para a CIIE do próximo ano, disse.
Este ano marca o 45º aniversário das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Há dez anos seguidos a China se mantém como o maior parceiro comercial e o maior destino de exportação do país sul-americano. De acordo com as cifras oficiais brasileiras, o comércio bilateral em 2018 ultrapassou o patamar de US$ 100 bilhões, e de 2003 a março de 2019 a China investiu US$ 71,3 bilhões no Brasil.
A CIIE, realizada pela primeira vez no ano passado, é a primeira exposição de nível nacional no mundo sobre importação. A edição deste ano abrange uma área de 360 mil metros quadrados, com a participação de 3.893 empresas provenientes de 155 países e regiões, além de 26 organizações internacionais.
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