74 mortos em protestos contra o governo no Iraque

2019-10-29 13:39:10丨portuguese.xinhuanet.com

Manifestantes são vistos na praça Tahrir, em Bagdá, Iraque, no dia 27 de outubro de 2019. As autoridades iraquianas disseram no domingo que o número de mortos pela nova onda de protestos em todo o país por causa do desemprego, corrupção e falta de serviços públicos aumentou para 74 e mais de 3.600 feridos. (Xinhua/Khalil Dawood)

Bagdá, 27 out (Xinhua) -- As autoridades iraquianas disseram no domingo que o número de mortos pela nova onda de protestos em todo o país contra o desemprego, a corrupção e a falta de serviços públicos, aumentou para 74 e mais de 3.600 feridos.

Ali al-Bayati, membro do Alto Comissariado Independente do Iraque para os Direitos Humanos (CIDH), disse em comunicado que os confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança de 25 a 27 de outubro deixaram 74 pessoas mortas.

Ele disse que a maioria das mortes foi causada por tiros com balas por guardas dos partidos políticos quando os manifestantes atacaram sua sede, além da asfixia pelo gás lacrimogêneo.

Al-Bayati também disse que um total de 3.654 manifestantes e membros da segurança foram feridos, principalmente devido ao gás lacrimogêneo, e a maioria deles já deixaram os hospitais.

Durante os três dias de protestos, até 90 prédios do governo, sedes políticas e particulares foram queimados por alguns indivíduos que queriam atrapalhar as manifestações de sua forma pacífica, acrescentou ele.

Segundo al-Bayati, as forças de segurança usaram gás lacrimogêneo, água quente, bombas de som e cassetetes para dispersar os manifestantes durante os confrontos em Bagdá e outras províncias.

Centenas de manifestantes se reuniram domingo na Praça Tahrir, no centro de Bagdá, no lado leste do rio Tigre, mas seu número aumentou à noite, disse uma fonte do Ministério do Interior.

Era óbvio que os protestos de domingo foram mais calmos do que nos últimos dois dias, já que os manifestantes fizeram apenas algumas tentativas de atravessar a ponte al-Jumhouriyah, nas proximidades, para chegar à Zona Verde, que abriga os principais escritórios do governo e algumas embaixadas estrangeiras, disse a fonte.

No entanto, confrontos também ocorreram quando a polícia de choque disparou bombas de gás lacrimogêneo e bombas de som para dispersar os manifestantes que tentaram atravessar a ponte al-Jumhouriyah e os empurrou de volta para a Praça Tahrir, acrescentou a fonte.

Os manifestantes também se reuniram em várias províncias do sul e do centro, mas nenhum conflito foi relatado entre os manifestantes e as forças de segurança.

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