China faz cooperação mais estreita com Nepal em energia renovável

Lanzhou, 12 out (Xinhua) -- A China, grande produtora e usuária de energia renovável, vem compartilhando nos últimos anos com o vizinho Nepal sua experiência no setor por meio de intercâmbio internacional e transferência tecnológica.

Sundar Bahadur Khadka, especialista do Centro de Promoção de Energia Alternativa, do Nepal, está atualmente visitando Lanzhou, capital da Província de Gansu, no noroeste da China, para estudar as tecnologias e aplicações de energia renovável.

"Espero levar a tecnologia e a experiência da China em energia renovável para o Nepal, a fim de aumentar nossa própria pesquisa e utilização neste campo", disse Sundar.

"Desenvolvemos uma ampla gama de produtos de energia renovável, desde aquecedores de água e fogões solares no estágio inicial até usinas fotovoltaicas e lâmpadas hoje", disse Zhou Jianping, chefe do Instituto de Pesquisa de Energia Natural de Gansu, especializado em pesquisa e desenvolvimento de energia renovável.

"Esta é a nossa bateria portátil. Após ser carregada por quatro horas ao sol, pode carregar totalmente pelo menos três celulares", disse Qiao Junqiang, do instituto, ao apresentar a mais recente bateria deles, um painel preto do tamanho de um tablet.

Além da bateria portátil, as lâmpadas solares desenvolvidas pelo instituto gozam de popularidade no mercado. Desde o ano passado, vários pedidos foram feitos por empresários do Nepal, Paquistão e outros países.

"As lâmpadas podem fornecer luz por sete horas à noite após serem carregadas durante o dia", disse Zhou.

No primeiro semestre deste ano, Zhou, Qiao e as respectivas equipes fizeram como convidados várias visitas ao Nepal para orientar os habitantes locais na instalação de bombas d'água e lâmpadas solares e discutir mais cooperação em energia renovável.

Recentemente, o Instituto de Pesquisa de Energia Natural de Gansu assinou um memorando de cooperação em áreas como tecnologia de energia solar e gerenciamento de energia renovável com o Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas e o Centro de Promoção de Energia Alternativa, do Nepal.

Desde a década de 1990, o instituto de Gansu treinou 1,9 mil técnicos e funcionários do governo de mais de 130 países, segundo Zhou.