Dívida bruta brasileira chega a 79,8% do PIB, um novo recorde histórico

Brasília, 30 set (Xinhua) -- A dívida bruta do setor público brasileiro atingiu em agosto 5,617 trilhões de reais (US$ 1,35 trilhão), equivalentes a 79,8% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 0,8 ponto percentual com relação a julho e um novo recorde histórico, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central do Brasil.

A dívida bruta, que inclui o governo federal, os governos estaduais e municipais excluídos o Banco Central e as empresas estatais, é considerada uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais, de nível de risco da capacidade de solvência do país.

Este ano, até agora, houve um aumento de 2,6 pontos percentuais na relação entre a dívida bruta e o PIB.

Por sua vez, a dívida líquida do setor público, que desconta os ativos como as reservas internacionais, alcançou 3,86 trilhões de reais (US$ 928,13 bilhões), equivalentes a 54,8% do PIB, 0,9 ponto percentual menos que o mês anterior.

Este resultado reflete principalmente o efeito da desvalorização cambial de 9,9% no mês, que contribuiu com uma redução de 1,6 ponto percentual na dívida líquida, enquanto a incorporação de juros resultou em um aumento de 0,7 ponto percentual.

Nos primeiros oito meses do ano, a relação entre a dívida líquida e o PIB aumentou 0,7 ponto percentual.

Em agosto, o setor público consolidado registrou um deficit primário de 13,4 bilhões de reais (US$ 3,22 bilhões), ante um deficit de 16,9 bilhões de reais (US$ 4,04 bilhões) no mesmo mês de 2018 e para o período de 12 meses terminado no mês passado somaram 349,2 bilhões de reais (US$ 83,94 bilhões), equivalentes a 4,96% do PIB.

O deficit nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e o pagamento de juros da dívida foi de 63,6 bilhões de reais (US$ 15,29 bilhões) em agosto.

No período de 12 meses finalizado em julho de 2019, o deficit nominal atingiu 444,7 bilhões de reais (US$ 106,90 bilhões), equivalentes a 6,32% do PIB.