Presidente da África do Sul promete promover línguas africanas
Cidade do Cabo, 24 set (Xinhua) -- O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse terça-feira que seu governo está trabalhando ativamente para garantir que os idiomas africanos sejam oferecidos em todas as escolas sul-africanas para acabar com o apartheid.
"Até o final do próximo ano, nosso objetivo é garantir que todas as 23.000 escolas públicas da África do Sul ofereçam um idioma africano", disse Ramaphosa em uma celebração do Dia do Patrimônio Nacional em Upington, província do Cabo Setentrional.
Nos últimos anos, a África do Sul reduziu o número de escolas públicas que não ensinam línguas africanas de 2.500 para pouco mais de 460.
"Estamos trabalhando com nossas instituições de ensino superior para desenvolver unidades de desenvolvimento de lexicografia e terminologia e oferecer planos de bolsas para estudantes que desejam se formar em idiomas africanos", disse Ramaphosa.
Por conta do colonialismo e o apartheid, as línguas africanas foram degradadas e denegridas, e particularmente as línguas dos povos Khoi e San foram marginalizadas, disse Ramaphosa.
"Todas as línguas faladas neste país têm valor igual", disse Ramaphosa, acrescentando que não há língua neste país que seja superior a outra.
Ele disse que seu governo está fazendo tudo ao seu alcance para promover e preservar todas as línguas sul-africanas.
"Esperamos ver todas as línguas indígenas ocupando seu devido lugar em nossa sociedade", disse Ramaphosa.
A promoção de línguas indígenas é parte de um esforço mais amplo para capacitar os sul-africanos e restaurar sua dignidade, ele acrescentou.
As Nações Unidas declararam 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas, e a África do Sul também declarou setembro como o Mês do Patrimônio, com foco em elevar todas as línguas, principalmente as africanas.
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