Huawei intensifica cooperação com a Europa nas redes 5G, segundo executivo
Viena, 18 set (Xinhua) -- Chamando a Europa como um de seus destinos mais importantes de investimento, a empresa chinesa de telecomunicações Huawei está intensificando a cooperação com o continente sob o princípio de "na Europa, com a Europa, pela Europa", disse o executivo da empresa na quarta-feira.
A Huawei já opera 26 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 14 países europeus e "até o final do ano passado, já tínhamos 12.200 funcionários na Europa, incluindo cerca de 2.000 pessoas trabalhando em P&D", disse à Xinhua em entrevista coletiva o diretor do Departamento de Assuntos Públicos e Comunicações da Europa Central e Oriental da Europa e Região Nórdica da Huawei, Austin Zhang.
"Para a Huawei, a Europa não é apenas um centro de vendas, mas também um centro regional com funções abrangentes, incluindo vendas, P&D, fabricação, logística e treinamento", disse ele.
Dos 50 contratos comerciais que a Huawei assinou em todo o mundo em redes 5G, 28 foram para a Europa, disse Yang Chaobin, presidente da linha de produtos Huawei 5G.
Na Áustria, a empresa está trabalhando com as três operadoras de telefonia móvel, A1, Magenta e Hutchison Drei, que adquiriram licenças 5G em todo o país em um leilão em maio.
Questionado sobre o Memorando de Entendimento (MoU) assinado entre os Estados Unidos e a Polônia para avaliar rigorosamente os fornecedores estrangeiros de equipamentos 5G, Zhang questionou o motivo por trás da mudança nos EUA.
Na verdade, não se trata de segurança cibernética, mas de política e plano para manter a Huawei fora, disse ele.
"Se você der uma olhada na rede dos EUA, a Huawei não esteve envolvida na construção da rede, mas o preço da rede nos EUA é três vezes o preço da Europa, e a rede dos EUA não é mais segura que a da Europa", disse ele.
"Manter alguns fornecedores fora não resolve realmente a questão da segurança cibernética. Por que os EUA estão replicando sua falha na Europa?", perguntou Zhang.
O Memorando de Entendimento não é um acordo vinculativo e, até agora, não teve nenhum impacto substancial, acrescentou ele.
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