Polícia israelense e fiéis palestinos se enfrentam em local sagrado em Jerusalém Oriental
Palestinos enfrentam polícia israelense no complexo da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, no dia 11 de agosto de 2019. Os confrontos eclodiram no domingo no local sagrado de Jerusalém Oriental entre os muçulmanos e a polícia israelense, provocando novas tensões, disseram autoridades israelenses e palestinas. O Crescente Vermelho Palestino disse que pelo menos 14 palestinos ficaram feridos quando a polícia israelense invadiu o complexo da mesquita Al-Aqsa. O complexo da mesquita de Al-Aqsa, conhecido pelo povo judeu como o Monte do Templo, é sagrado para os muçulmanos e judeus. (Foto de Muammar Awad/Xinhua)
Jerusalém, 11 ago (Xinhua) - Os confrontos eclodiram no domingo no local sagrado em Jerusalém Oriental entre os fiéis muçulmanos e a polícia israelense, provocando novas tensões, disseram autoridades israelenses e palestinas.
O Crescente Vermelho Palestino disse que pelo menos 14 palestinos ficaram feridos quando a polícia israelense invadiu o complexo da mesquita Al-Aqsa.
O complexo da mesquita de Al-Aqsa, conhecido pelo povo judeu como o Monte do Templo, é sagrado para os muçulmanos e judeus.
Um vídeo feito pelo Waqf Islâmico de Jerusalém, um jordaniano que administra o local, mostrou a polícia lançando granadas de efeito moral nos fiéis.
A polícia israelense divulgou um comunicado dizendo que milhares de fiéis muçulmanos estavam tumultuando e atirando pedras, cadeiras e outros objetos na polícia.
"O comandante do distrito ordenou a dispersão dos desordeiros e restaurou a ordem pública", disse o comunicado.
Segundo o comunicado, quatro policiais ficaram levemente feridos durante os confrontos.
A mídia israelense informou que os confrontos diminuíram, mas começaram novamente depois que visitantes judeus puderam entrar no local para marcar um feriado judaico.
O domingo marca o início do Eid al-Adha, ou o "Festival do Sacrifício", quando milhares de fiéis palestinos chegaram ao complexo de orações de Al-Aqsa.
Este ano, a festa islâmica coincide com o feriado judaico de Tisha B'Av, que prevê um aumento no número de visitantes israelenses no local sagrado em Jerusalém.
Em uma tentativa de evitar o atrito, a polícia israelense barrou os visitantes israelenses no domingo, mas, após pedidos de líderes políticos de direita, o local foi aberto aos visitantes, resultando em uma nova rodada de confrontos.
O complexo da mesquita de Al-Aqsa é um dos locais mais voláteis da região.
Sob um status quo de longa data, os judeus israelenses têm permissão para visitar o local, mas não para orar lá.
Nos últimos anos, os judeus ultranacionalistas israelenses têm desafiado o status quo, exigindo que o governo aumente o número de visitantes judeus no local e permita orações.
Os palestinos querem Jerusalém Oriental como a capital de seu futuro estado independente, enquanto Israel quer que toda Jerusalém seja sua capital eterna.
Israel anexou Jerusalém Oriental na guerra de 1967 e declarou a cidade inteira como sua eterna capital indivisível em 1980, um movimento que nunca foi reconhecido pela maioria da comunidade internacional.
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