Qu da China promete tornar a FAO mais dinâmica, transparente e inclusiva
O novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, fala durante uma cerimônia de entrega oficial em Roma, Itália, no dia 31 de julho de 2019. Uma cerimônia oficial foi realizada na quarta-feira para marcar a entrega da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura entre o ex-diretor, José Graziano da Silva, e o novo diretor-geral da agência, Qu Dongyu, que prometeram tornar essa organização mais dinâmica, transparente e inclusiva. (Xinhua/Liu Yongqiu)
Por Alessandra Cardone e Chen Zhanjie
Roma, 31 jul (Xinhua) - Uma cerimônia oficial foi realizada na quarta-feira para marcar a entrega do chefe demissionário da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, e o novo diretor-geral da agência Qu Dongyu, que prometeu tornar essa organização mais dinâmica, transparente e inclusiva.
Qu, vice-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China desde 2015, havia sido eleito com uma grande maioria para o cargo durante a 41ª Conferência da FAO que se reuniu em junho.
"Hoje, vocês estão testemunhando a primeira cerimônia de entrega oficial realizada na FAO para o cargo de diretor-geral. Essa cerimônia é um testemunho da continuidade da liderança da FAO", disse Qu para uma plateia reunida no centro de conferência Sheikh Zayed da FAO.
O chefe da nova agência agradeceu seu antecessor por "contribuir substancialmente para o sucesso da agência".
Ele também enfatizou algumas das diretrizes futuras de seu mandato.
"Pretendo trabalhar para uma FAO que aplica a ciência e a tecnologia modernas e adota abordagens inovadoras", destacou Qu.
"Uma organização que identifica novas maneiras de melhorar o desempenho e a entrega, através da digitalização de nossas atividades, intensificando a colaboração com a academia, os centros de pesquisa e o setor privado".
Qu também elogiou o pessoal da agência por seus esforços.
"Acredito firmemente que o principal trunfo da FAO é sua equipe e como novo diretor-geral, pretendo tomar as medidas necessárias para elevar o moral da equipe, tornar a FAO mais dinâmica e aumentar ainda mais a satisfação dos nossos membros com o nosso trabalho e entregas", explicou ele.
"Meu objetivo é tornar essa organização mais dinâmica, transparente e inclusiva nos próximos quatro anos", destacou Qu.
Em seu último discurso a colegas e representantes diplomáticos reunidos para a cerimônia, o diretor-geral de saída deu as boas-vindas a Qu em seu novo papel e destacou as melhorias que ele acreditava que a agência havia feito nos últimos sete anos e meio.
"A FAO hoje está melhor adaptada às metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e pronta para enfrentar os novos desafios globais, como migração, mudanças climáticas, obesidade e excesso de peso", disse Graziano da Silva.
Khalid Mehboob, presidente independente do Conselho da FAO, agradeceu a Graziano por seus esforços inabaláveis para alcançar a fome zero, um dos objetivos explícitos da constituição da FAO. Mehboob disse que está ansioso para trabalhar com Qu e facilitar o consenso entre os membros da FAO para seus programas e prioridades.
Qu será o primeiro oficial chinês a servir como diretor-geral da FAO, desde o início da organização.
Seu mandato será executado oficialmente de 1º de agosto a 31 de julho de 2023, sucedendo o brasileiro José Graziano da Silva, que atuou como chefe máximo da agência por dois mandatos consecutivos desde janeiro de 2012 (depois de eleito em junho de 2011 e reeleito em 2015).
Nascido na província de Hunan, no sul da China, em 1963, Qu se orgulha de ter uma extensa experiência no campo agrícola.
Se formou bacharel pela Universidade de Agricultura de Hunan, em 1983, e obteve mestrado em melhoramento de plantas e genética pela Academia Chinesa de Ciências Agrárias (CAAS).
Ele obteve seu doutorado em Ciências Agrárias e Ambientais pela Universidade de Wageningen, na Holanda, em 1996.
Antes de ser nomeado vice-ministro do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China em junho de 2015, atuou como diretor-geral do Instituto de Legumes e Flores do CAAS entre 2000 e 2002, e como vice-presidente do CAAS entre 2001 e 2008.
Uma vez nomeado vice-ministro da Agricultura, entre várias tarefas, Qu trabalhou na promoção de um desenvolvimento orientado para o mercado de agricultura apoiado por tecnologia de informação (TI), lançando um mecanismo de intercâmbio sobre agricultura urbana entre grandes e médias cidades na China e encorajando a criação de marcas agrícolas e indústrias especializadas.
De acordo com seu perfil de candidato oficial, o cientista contribuiu para a formulação de documentos de políticas internas cruciais, incluindo o 13º Plano Quinquenal da China (2016-2020) para a Cooperação Internacional Agrícola e a Visão e Ações para Promoção Conjunta da Cooperação Agrícola sob a Iniciativa do Cinturão e Rota.
Ele também esteve amplamente envolvido na cooperação internacional no campo, incluindo as atividades de cooperação de ASEAN entre China, Japão e República da Coreia, e o design de vários projetos emblemáticos para a Cooperação Sul-Sul com a FAO, o Banco Mundial, e outras agências internacionais.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação foi fundada em 1945 na cidade de Quebec, Canadá. É composta por 194 estados membros, mais uma organização membro, a União Europeia e dois membros associados, Ilhas Faroe e Tokelau, trabalhando em mais de 130 países no mundo todo.
A FAO é uma agência especializada da Organização das Nações Unidas que lidera os avanços internacionais para combater a fome. Seu objetivo é alcançar a segurança alimentar para todos e garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade suficientes para levar uma vida ativa e saudável.
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