Chanceler brasileiro destaca que relação com China é "essencial" para desenvolvimento do Brasil
Brasília, 25 jul (Xinhua) -- O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, qualificou nesta quinta-feira como "essencial" a relação com a China para o desenvolvimento de seu país, para a aspiração brasileira de acesso à tecnologia, assim como o aprofundamento das relações econômicas, cooperação cultural e diálogo político.
Araújo recebeu hoje no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, para a terceira reunião do Diálogo Estratégico Integral Brasil-China.
Segundo o chanceler brasileiro, ambos tiveram "uma conversa excelente, longa, muito intensa e produtiva", na qual puderam "trocar ideias com a perspectiva do fortalecimento da relação".
O presidente Jair Bolsonaro confirmou na semana passada que viajará à China em outubro. Nesta quinta-feira, Wang Yi transmitiu o interesse do presidente Xi Jinping de visitar o Brasil em novembro, quando o país será anfitrião da reunião de Cúpula do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Por sua vez, o chanceler Wang Yi qualificou o diálogo estratégico como um "grande êxito", destacando que foi o primeiro desde que Araújo assumiu o cargo em janeiro.
A reunião serviu para o aumento do conhecimento mútuo e o aprofundamento da relação, destacou Yi. Ele acrescentou que a visita de Bolsonaro à China será muito bem-vinda.
O chanceler Araújo propôs também que sejam realizadas reuniões específicas de diálogo político bilateral para trocar visões sobre regiões importantes para ambos os países, como Oriente Médio e América Latina.
Ele destacou a necessidade de continuar trabalhando no intercâmbio agrícola, diversificação do intercâmbio agrícola e industrial tecnológico, para o qual "a associação com a China é essencial".
O ministro reiterou o interesse recíproco em uma maior presença da China na infraestrutura brasileira, criando sinergias, e recordou as oportunidades abertas no marco do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Bolsonaro.
"Em boa parte da discussão, tratamos sobre estimular os contatos entre as pessoas, intensificar a cooperação em educação, com mais bolsistas chineses no Brasil e vice-versa, mais turismo da China, e uma emissão mais rápida de vistos para os turistas chineses", declarou Araújo.
"Também é importante a cooperação. O Brasil impulsiona a criação do Instituto Guimarães Rosa, que poderia cooperar com o Instituto Confúcio", destacou .
Sobre as trocas em temas consulares, Araújo manifestou interesse na cooperação jurídica para o combate à corrupção, a lavagem de dinheiro e o crime organizado.
O chanceler brasileiro destacou ainda a expectativa positiva para a reunião nesta sexta-feira dos chanceleres do BRICS, no Rio de Janeiro.
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