Governo brasileiro autoriza saque anual do FGTS para estimular consumo

2019-07-25 15:13:37丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 24 jul (Xinhua) -- O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira que autorizará os trabalhadores a retirar anualmente uma parte dos recursos depositados nas contas ativas e inativas (de empregados e desempregados) no Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), uma espécie de fundo de desemprego, para estimular o consumo.

Também foi anunciada uma nova liberação de recursos de outro fundo de amparo aos trabalhadores (PIS/Pasep).

O Ministério da Economia informou em um comunicado que, com essas medidas, deverão ser injetados uns 30 bilhões de reais (US$ 7,96 bilhões) na economia este ano, o que deve gerar, em um período de 12 meses, um crescimento adicional de 0,35 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB).

"As medidas devem representar um aumento na produtividade da economia, reduzindo a má alocação e ampliando o acesso do trabalhador aos recursos do FGTS e do PIS/Pasep", disse o comunicado.

Segundo o ministério, a expectativa é de que em até 10 anos sejam criados três milhões de empregos formais e que o PIB per capita tenha um aumento de 2,5 pontos percentuais.

"Com esta medida, 96 milhões de trabalhadores devem ser beneficiados, número quatro vezes maior que o registrado há dois anos, quando o governo (de Michel Temer) liberou a retirada de contas inativas", acrescentou a pasta.

As novas medidas, ressaltou o comunicado, foram elaboradas de forma a não ampliar os custos dos empregadores e garantir o financiamento da moradia popular e da saúde com recursos do FGTS.

A intenção do governo de Jair Bolsonaro era inicialmente liberar a retirada de um volume maior de fundos, mas se decidiu por um limite anual de acesso aos recursos devido à reclamação do setor de construção civil, que é financiado parcialmente com o FGTS.

A economia brasileira atravessa uma recuperação mais lenta que o esperado depois de um profundo ciclo recessivo em 2015-2016.

Em 2018, o crescimento do PIB foi de 1,1%. Para 2019, a expectativa dos analistas, que ao início do ano era de uma expansão de cerca de 2,55%, caiu para cerca de 0,8%.

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