Comentário: China continua sendo âncora da economia mundial face aos ventos contrários

Beijing, 16 jul (Xinhua) -- Em um mundo turbulento e cheio de incertezas, a economia em constante expansão da China veio como um alívio e, mais uma vez, provou seu papel fundamental no impulsionamento do crescimento global.

Dados do Departamento Nacional de Estatísticas da China mostraram que a economia cresceu 6,2% no segundo trimestre do ano, ante uma expansão de 6,4% no primeiro trimestre.

No primeiro semestre, o crescimento chegou a 6,3%, dentro da meta estabelecida pelo governo para 2019 de entre 6% e 6,5%.

Enquanto os principais dados oferecem uma medida ampla do crescimento, uma análise mais profunda dos dados revela os desafios e as dificuldades que o país enfrentou para manter a economia na direção certa.

Internamente, as pressões para baixo ainda permanecem e os formuladores de políticas tinham a tarefa de fomentar novos motores de crescimento, conter o nível do endividamento, estabilizar o comércio e evitar flutuações drásticas no mercado financeiro.

Pior ainda, a China e os Estados Unidos estão presos a tensões comerciais prolongadas desde o ano passado, o que aumenta as incertezas para o crescimento global, dado o papel super grande das duas maiores economias do mundo no comércio e finanças internacionais.

Em meio a esses ventos contrários o país conseguiu um crescimento de 6,3% e o resultado foi duramente conquistado.

Passo a passo, a China aplicou reformas direcionadas para remover as barreiras estruturais e institucionais que impedem o crescimento.

Cortes de impostos e reduções de taxas, recentemente lançados, economizaram cerca de 893 bilhões de yuans (US$ 130 bilhões) para as empresas nos primeiros cinco meses. A melhora do sentimento empresarial, por sua vez, estimulou o investimento e impulsionou o consumo e o comércio.

O setor privado recebeu atenção especial. Em abril, as autoridades centrais da China prometeram mais medidas para aliviar as dificuldades de financiamento das pequenas e médias empresas, incluindo a criação de mais canais de financiamento e o encorajamento às pequenas empresas para que busquem financiamento na "nova terceira bolsa".

O país adotou uma redução direcionada na taxa de depósitos obrigatórios para alguns bancos de pequeno e médio porte em três fases para apoiar as empresas privadas, bem como as micro e pequenas. A terceira fase do corte nessa taxa entrou em vigor nesta segunda-feira.

Impulsionada pela campanha governamental de inovação e empreendedorismo em massa, a "nova economia" liderada pela internet está se tornando na fonte mais proeminente do crescimento e avançando para compensar a perda de força dos motores tradicionais.

Ao tratar das fricções comerciais provocadas pelos EUA, a China, um firme defensor da globalização, tem se comprometido a buscar soluções de benefício mútuo e a escolher abrir sua porta mais amplamente para o benefício de si mesma e do mundo em geral.

Em junho, o programa de Conexão da Operação das Bolsas Shanghai-London foi oficialmente lançado, e as ações da parte continental da China foram incluídas na FTSE Global Equity Index Series segundo o programado.

O governo também decidiu retirar os tetos sobre a participação estrangeira nas empresas corretoras de valores mobiliários, empresas de futuros e seguradoras de vida até 2020, um ano antes do plano prévio.

Com um rápido crescimento econômico nas últimas décadas, atingido com base nas incessantes reformas e abertura, a China sabe muito bem que deve se manter firme no caminho certo.

Com o amadurecimento da economia chinesa e suas crescentes interações com o mundo, as incertezas e os problemas são inevitáveis, mas com uma direção clara, o mundo pode contar com a China como pilar responsável para crescimento sustentável por muitos anos.