Trump se encontra com emir do Catar em meio a tensões com o Irã

O presidente dos EUA, Donald Trump (e), recebe o emir do Catar, Xeque Tamim Bin Hamad Al-Thani, na Casa Branca, em Washington D.C., Estados Unidos, no dia 9 de julho de 2019. (Xinhua/Ting Shen)

Washington, 9 jul (Xinhua) - O presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniu com Emir do Catar, o Xeque Tamim Bin Hamad Al-Thani, na terça-feira, enquanto as tensões com o Irã continuam a aumentando.

O Irã elevou a concentração de seu urânio enriquecido para 4,5%, ultrapassando o limite de 3,67% estabelecido pelo pacto nuclear, colocando em risco o acordo nuclear de 2015 e aumentando as tensões na região.

"Vamos ver o que acontece com o Irã. O Irã está fazendo muitas coisas ruins agora e é melhor tomar muito cuidado", disse Trump a repórteres durante seu encontro com o Emir do Catar.

Foi relatado que o emir se ofereceu para mediar entre os Estados Unidos e o Irã, pois se acredita que Doha tenha um relacionamento com o Irã.

"Eu não acho que seria algum tipo de papel formal de mediação. Mas poderíamos olhar para eles para passar mensagens e transmitir a seriedade da tentativa da administração de diminuir a tensão e construir algum tipo de caminho para o diálogo", o Washington Post publicou na terça-feira, citando um funcionário anônimo dos EUA.

A visita do emir a Washington também visa reforçar a segurança e os laços econômicos com os Estados Unidos, de acordo com declarações da Casa Branca.

Trump disse a repórteres na Casa Branca que o Catar está investindo pesado nos Estados Unidos, comprando equipamentos militares e aviões comerciais.

Na segunda-feira, o Emir do Catar se reuniu com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, no Pentágono, e compareceu a um jantar oferecido pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.

Um ano após a saída unilateral dos EUA do acordo nuclear, o Irã se retirou de parte do acordo nuclear no dia 8 de maio e ameaçou mais ações no caso de seus interesses sob o pacto não poderem ser garantidos. O Irã disse anteriormente que os europeus não deram passos "práticos" para garantir os interesses econômicos do Irã sob o acordo.