Vozes objetivas e racionais prevalecerão ao definir os laços China-EUA, diz porta-voz

Beijing, 5 jul (Xinhua) -- A China respondeu na quinta-feira a uma carta aberta sobre as relações China-EUA entre ex-políticos norte-americanos e peritos renomados, pedindo que os Estados Unidos atendam às vozes racionais de dentro do país e da comunidade internacional para trabalhar por laços bilaterais sólidos.

O Washington Post publicou na quarta-feira uma carta aberta assinada por 95 especialistas acadêmicos, diplomatas, militares e empresários, dizendo que tornar a China um inimigo é contraproducente.

O grande número de signatários indica que não há um consenso de Washington endossando uma postura geral de oposição à China, disse a carta, que apresentou sete propostas sobre as relações China-EUA.

Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, fez comentários positivos sobre as opiniões na carta que ele disse serem "racionais e objetivas".

"A China e os Estados Unidos não são inimigos", disse Geng, citando os tremendos benefícios que o desenvolvimento histórico dos laços bilaterais nas últimas quatro décadas proporcionou aos povos dos dois países e seu papel na facilitação da paz, estabilidade e prosperidade mundial.

"Os últimos quarenta anos provaram que a China e os Estados Unidos, totalmente diferentes na história, cultura, sistemas sociais e ideologias, podem se respeitar mutuamente e obter uma cooperação em que todos ganham com base no não conflito e não confrontação", assinalou o porta-voz.

"A cooperação é a única escolha certa para os dois países", disse Geng, acrescentando que a cooperação levará benefícios mútuos, enquanto o confronto só resultará em danos a ambos os dois lados.

Com interesses altamente interligados e amplo espaço para cooperação, a China e os Estados Unidos devem buscar facilitação mútua e desenvolvimento comum em vez de cair na chamada armadilha de confronto, indicou Geng. "Isso está de acordo com os interesses fundamentais dos dois países e é também a aspiração comum da comunidade internacional".

"Temos confiança nos laços entre a China e os EUA", disse Geng, observando que os dois países têm interações frequentes nas áreas da economia e comércio, além de intercâmbios locais e interpessoais, que tornaram os dois países altamente interdependentes com interesses compartilhados.

"As estreitas interconexões aumentaram a resiliência dos laços bilaterais e as sólidas relações entre a China e os EUA representam a vontade popular dos dois povos e estão em conformidade com a tendência dominante", disse.

Geng salientou que os laços China-EUA não podem ser definidos por contradições e divergências, ou abalados por preconceito e erros de julgamento no futuro. "Acreditamos que vozes objetivas, racionais e inclusivas acabarão prevalecendo às alegações paranóicas, fanáticas e de soma zero".

Geng pediu que o lado norte-americano colabore com o lado chinês na promoção de laços bilaterais com base na coordenação, cooperação e estabilidade, de acordo com o consenso alcançado pelos chefes de Estado dos dois países, a fim de beneficiar melhor as pessoas dos dois países e o mundo.