Comentário: Sinceridade e ação são muito necessárias, como China e EUA concordam em reiniciar conversas comerciais

Osaka, 30 jun (Xinhua) -- Os resultados da reunião altamente esperada entre o presidente chinês, Xi Jinping, e seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, no âmbito da cúpula do Grupo dos Vinte (G20) em Osaka, no sábado, emitiram um raio de luz sobre a economia mundial nublada.

Em sua reunião, os dois líderes concordaram em reiniciar as consultas econômicas e comerciais entre os dois países com base em igualdade e respeito mútuo. Eles também concordaram que o lado dos Estados Unidos não acrescentará novas tarifas sobre as exportações chinesas.

A decisão de reinicializar o diálogo comercial significa que os esforços para solucionar as diferenças comerciais entre os dois países voltam ao caminho certo.

É amplamente reconhecido que uma relação China-EUA mais estável é boa não só para a China e os Estados Unidos, mas também para o mundo mais amplo.

A China e os Estados Unidos certamente têm algumas diferenças, e Beijing quer solucioná-las em suas consultas. São necessárias mais sinceridade e ação nesse processo.

Como as duas maiores economias do mundo, tanto a China como os Estados Unidos se beneficiam da cooperação e perdem com confronto. E é sempre a escolha certa para os dois lados solucionarem suas diferenças por diálogos, não confronto.

A relação entre a China e os Estados Unidos está no momento enfrentando algumas dificuldades. Nenhum lado pode se beneficiar de uma situação problemática como esta.

Desde que os dois países estabeleceram os laços diplomáticos, 40 anos atrás, a China e os Estados Unidos fomentam conjuntamente sua cooperação em um modo mutuamente benéfico.

Como resultado, o comércio bidirecional fez passos largos quase inacreditáveis, crescendo de menos de US$ 2,5 bilhões em 1979 para mais de US$ 630 bilhões no ano passado. O fato de que mais de 14 mil pessoas cruzam o Pacífico a cada dia oferece um vislumbre sobre a intensidade das interações e intercâmbios entre os dois povos.

Então, como a China e os Estados Unidos desfrutam de interesses altamente integrados e áreas extensas de cooperação, eles não devem cair nas chamadas armadilhas de conflito e confronto.

Quando os dois presidentes se reuniram no ano passado na cúpula do G20, na cidade de Buenos Aires, a capital da Argentina, atingiram um importante consenso de parar com o confronto comercial e retomar o diálogo. Desde então, as equipes de negociação de ambos os lados realizaram sete rodadas de consultas em busca de uma solução em breve.

Agora os dois lados retomaram suas negociações comerciais e eles precisam prosseguir tratando um do outro em pé de igualdade e mostrando devido respeito, o qual é uma condição para a solução final de sua divergência.

Além disto, são necessárias também ações.

Poucos discordariam que resolver o problema de comércio entre a China e os Estados Unidos precisa de sabedoria e ações práticas em cada e em toda curva-chave ao longo do caminho em direção à solução final. Se o lado dos Estados Unidos não fizer nenhuma ação que destaque o espírito de igualdade e respeito mútuo, e se eles pedirem demais, a retomada, obtida dificilmente, não produzirá nenhum resultado.

Quanto à China, ela sempre caminhará em seu próprio caminho e alcançará um melhor autodesenvolvimento independentemente dos resultados das conversas comerciais.

Na cúpula do G20 encerrada há pouco, Xi apresentou um conjunto de novas medidas de abertura, enviando um forte sinal de que a China manterá seus passos de reformas.

Como os dois lados estão entrando numa nova fase de suas negociações de comércio, é esperado que a China e os Estados podem se unir para se comunicar ativamente um com o outro e para tratar adequadamente suas diferenças.

Também se espera que Washington possa trabalhar com Beijing para construir uma relação China-EUA com características de coordenação, cooperação e estabilidade, para beneficiar melhor os dois povos e os de outros países.