Paquistão e Rússia assinam declaração sobre "Não colocação de armas no espaço"

2019-05-23 14:56:46丨portuguese.xinhuanet.com

Islamabad, 22 mai (Xinhua) -- O Paquistão e a Rússia assinaram uma declaração conjunta sobre "Não colocação de armas no espaço", informou o Ministério das Relações Exteriores na capital Islamabad.

Uma declaração conjunta foi assinada pelo ministro do Exterior do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, e seu colega russo, Sergey Lavrov, em Bishkek, capital do Quirguistão, à margem da reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Shanghai (SCO).

"O Paquistão e a Rússia compartilham uma posição comum sobre a prevenção da corrida armamentista no espaço e trabalham coletivamente em vários fóruns internacionais em direção a esse objetivo. A assinatura da Declaração Conjunta sobre Não colocação de armas no espaço é um reflexo da convergência de pontos de vista entre os dois lados", disse um comunicado do Ministério do Exterior do Paquistão.

Ambos os lados declararam que não serão de maneira alguma os primeiros a colocar armas de qualquer tipo no espaço, e que farão todos os esforços possíveis para evitar que o espaço exterior se torne uma arena para o confronto militar e para garantir a segurança nas atividades do espaço.

O documento afirmou que o Paquistão e a Rússia reiteraram seu compromisso de evitar a ameaça ou o uso da força nas atividades do Espaço Exterior, acrescentando que ambos incentivam outras nações responsáveis a seguir o exemplo.

O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que o Paquistão tem consistentemente destacado os riscos do armamento no Espaço, que ameaçam a sustentabilidade de longo prazo das atividades espaciais pacíficas.

"O uso da força contra objetos baseados no espaço, o desenvolvimento e a implantação de sistemas Anti-Mísseis Balísticos (ABM) e sua integração a recursos espaciais têm acrescentado dimensões preocupantes às questões relativas ao espaço sideral", acrescentou.

O comunicado disse que há uma necessidade urgente de abordar as lacunas no regime jurídico internacional que rege a exploração e o uso do espaço com vista a garantir que ninguém ameace as atividades e aplicações pacíficas das tecnologias espaciais para o desenvolvimento socioeconômico.

Os dois países disseram acreditar que o espaço exterior deveria ser usado em conformidade com a lei internacional para o benefício de todas as nações, independentemente do nível de desenvolvimento econômico, científico ou tecnológico.

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