Número de usuários do Facebook pode ser dominado por pessoas mortas
NOVA YORK, 29 de abril (Xinhua) -- O Facebook pode se transformar em um "cemitério digital", já que mais usuários mortos constituirão a maior rede social do mundo do que os vivos, sugeriu um novo estudo.
Pelo menos 1,4 bilhão de usuários falecerão antes de 2100, caso a gigante da tecnologia deixe de atrair novos usuários a partir de 2018, de acordo com um estudo publicado na revista Big Data & Society.
No entanto, se a rede continuar se expandindo nas taxas atuais, esse número excederá 4,9 bilhões.
No final do século, 44% dos perfis mortos eram provenientes da Ásia, com a Índia e a Indonésia respondendo por quase metade do número. E, em 2070, os usuários falecidos superarão em número os vivos no Facebook, disse o estudo.
Os usuários da Internet deixam grandes volumes de dados on-line para trás ao falecerem, comumente chamados de restos digitais.
O estudo disse que esse fenômeno está ganhando cada vez mais atenção dentro da comunidade acadêmica. Estudiosos de direito e áreas afins estão investigando novos dilemas decorrentes da herança de propriedades digitais e questões de privacidade póstuma on-line.
"O gerenciamento de nossos restos mortais digitais acabará afetando todos que usam mídias sociais, já que todos nós um dia iremos falecer e deixar nossos dados para trás", disse Carl Ohman, autor principal do estudo e doutorando no Oxford Internet Institute.
"Mas a totalidade dos perfis dos usuários falecidos também equivale a algo maior do que a soma de suas partes. É, ou pelo menos se tornará, parte da nossa herança digital global", acrescentou.
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