Especial: Beijing em pleno florescimento com exposição de horticultura

2019-04-28 13:31:47丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 28 abr (Xinhua) -- Por trás de um arco memorial tradicional, casas brancas com telhas cinza e inclinadas ficam perto de um lago verde. No pátio, rochas com cascatas ficam quietas em meio a pinheiros, ameixeiras e olmos.

Trata-se da paisagem do jardim da província oriental de Anhui na Exposição Internacional de Horticultura de Beijing 2019.

O jardim cobre uma área de 3 mil metros quadrados. Para apresentar uma paisagem da cultura típica da província, os designers recriaram casas tradicionais de aldeias de Anhui para um público internacional. Até mesmo o arco memorial foi feito em homenagem ao estilo da dinastia Ming (1368-1644).

A ser realizada de 29 de abril a 7 de outubro, a exposição de horticultura atrai a atenção internacional, impulsionando o turismo de Beijing em pleno florescimento.

Os 162 dias de evento impressionarão 16 milhões de visitantes nacionais e estrangeiros com uma enorme coleção de plantas, flores e pavilhões, bem como ideias para o desenvolvimento verde.

Mais de 110 países e organizações internacionais, bem como 120 expositores não oficiais, confirmaram a participação, consagrando esta edição como a de maior assiduidade na história da expo.

Os expositores apresentarão suas últimas conquistas em horticultura nos 503 hectares ao pé da Grande Muralha, no distrito de Yanqing, norte da capital nacional.

Mais de 2.500 eventos culturais, como desfiles e competições hortícolas, serão realizados. Muitos dos países participantes selecionaram um "dia nacional" para organizar atividades especiais para mostrar suas culturas típicas.

Trata-se da segunda vez que a China realiza uma exposição de horticultura de alto nível. A cidade de Kunming, no sudoeste do país, realizou-a em 1999.

Foram concluídos sete grandes projetos de rodovias em busca das melhores condições de tráfego para a atividade.

As rodovias recém-construídas não apenas aliviarão a pressão do tráfego nas rodovias nacionais já existentes, mas também promoverão o desenvolvimento e o turismo nas áreas vizinhas.

Quanto a patrocínio, a expo assinou 1 bilhão de yuans (US$ 149 milhões) em contratos com 25 empresas chinesas, incluindo a Air China e a China Mengniu Dairy, uma soma recorde para eventos similares.

As empresas não apenas patrocinarão o evento, mas também servirão à atividade com produtos, serviços e tecnologias.

Dois mil voluntários foram recrutados para a exposição. A maioria tem experiência em grandes eventos e fala inglês fluentemente, e alguns, francês, alemão e espanhol.

Pavilhões de encher os olhos

No centro do local da exposição, localiza-se o Pavilhão da China, um salão curvo na forma de um ornamento tradicional chinês que simboliza boa sorte, o ruyi.

Um dos quatro principais, o Pavilhão da China exibe espécies diversificadas de plantas de toda a China e mostra a história da horticultura e jardinagem chinesa.

Tais projetos requintados são encontrados em outros pavilhões principais, como o Pavilhão Internacional, com 94 pilares em forma de guarda-chuva, e o Teatro Guirui multicolorido, em forma de borboleta e que sediará as cerimônias de abertura e encerramento.

As 31 regiões provinciais da China, assim como Hong Kong, Macau e Taiwan, também apresentarão seus elementos culturais icônicos nas áreas expostas ao ar livre, como o jardim com tema de pandas gigantes, montado pela Província de Sichuan, as Grutas de Mogao em miniatura, da Província de Gansu, além de um modelo da casa tradicional de aldeias tibetanas, da Região Autônoma do Tibet.

Em um jardim meticulosamente decorado com 3 mil metros quadrados, a província turística de Yunnan, no sudoeste da China, apresenta muitos marcos famosos locais, como a antiga rota do chá e do cavalo no norte de Yunnan, casas tradicionais na cidade turística de Dali e um conjunto de estátuas de bronze exibindo o processo de produção do chá Pu'er.

De encher os olhos também são os mais de 40 jardins e pavilhões construídos por expositores internacionais e marcados com a cultura e a história únicas de cada país.

O Pavilhão do Azerbaijão é desenhado como uma concha, que simboliza "o dinamismo e a paixão pelo desenvolvimento e inovação do país", disse a diretora Narmin Jarchalova.

Além das plantas e flores nativas do Azerbaijão, exibe os alimentos tradicionais do país, tapetes artesanais e fotos de seus pontos turísticos. Os visitantes também podem assistir a vídeos animados sobre a cultura do Azerbaijão dentro do pavilhão de madeira.

Uma romãzeira, segundo Jarchalova um "símbolo nacional de prosperidade e fertilidade", também foi plantada ao lado do pavilhão.

Para mostrar a quintessência da jardinagem japonesa, o jardim do Japão apresenta um belo pátio decorado de árvores, flores, pedras, cascatas e paredes de bambu.

"O design cria uma harmonia perfeita entre o pátio, as plantas, a água e as montanhas distantes", disse Takahashi Naruki, responsável pela construção. "O projeto representa a busca de um estilo de vida verde na jardinagem tradicional japonesa."

Todos os pavilhões e jardins vão fascinar os visitantes.

"A Exposição Beijing serve como uma plataforma para os países participantes mostrarem suas culturas distintas", disse Jiao Yutong, do Departamento de Coordenação da Exposição Internacional de Horticultura de Beijing. "Também oferece aos países a oportunidade de cooperar ainda mais em horticultura e agricultura."

Reino de plantas e flores

Em uma estufa de 20 metros de altura que cobre 3 mil metros quadrados, plantas raras, como o sândalo vermelho e o figo, estão florescendo em sua nova casa.

O Pavilhão das Plantas, um dos principais, abriga mil espécies, 100 delas raras, disse o gerente Fu Zhongren.

Também possui um jardim no telhado repleto de flores coloridas e perfumadas e um laboratório de genética, onde os visitantes podem aprender sobre as mais recentes realizações científicas no sequenciamento do genoma de plantas.

"O Pavilhão das Plantas demonstra um maravilhoso reino botânico para os visitantes", disse Fu.

A exposição apresenta uma grande coleção de flores, frutas, legumes e ervas de todo o mundo, incluindo mais de 1.200 espécies de flores nativas da China, como peônia, lótus, orquídea, e camélia, segundo Zhou Jianping, vice-diretor-geral executivo do Departamento de Coordenação da Exposição Internacional de Horticultura de Beijing.

Os visitantes também podem apreciar mais de 40 tipos de novas espécies de flores de países estrangeiros, acrescentou Zhou.

No jardim da Província de Anhui, 300 espécies de plantas, incluindo 200 espécies nativas da província, são expostas.

"As plantas no jardim de Anhui incluem espécies em extinção, como o lírio-d'água, e fizemos todos os esforços para cuidar delas", disse Wang Yin, designer-chefe do jardim.

Espécies raras também foram transplantadas de outras partes da China para impressionar os visitantes, incluindo um salgueiro de 100 anos do Tibet e um pinheiro de 3 metros de altura das Montanhas de Qinling, no noroeste da China.

Uma grande variedade de flores, vegetais, plantas herbáceas e árvores frutíferas cerca o Pavilhão da Tailândia, uma casa no estilo da região central da Tailândia.

Ele vai sediar exposições de manga, longana, durião e mangostão, bem como orquídeas e flores de vaso.

A Exposição Beijing "atrairá muitos visitantes para aprender sobre a importância das plantas e da vida verde", disse Tim Briercliffe, secretário-geral da Associação Internacional de Produtores de Horticultura.

Exposição verde

O tema da Exposição Beijing é "viva verde, viva melhor" e está bem incorporado ao design dos jardins e pavilhões da exposição.

O Pavilhão da China tem uma estrutura protegida pela terra. Com a maioria de seus salões de exposição embutidos em campos feitos pelo homem, tanto o calor quanto a umidade no interior são mais bem preservados, disse Jing Quan, do Grupo de Projeto e Pesquisa Arquitetônica da China.

O sistema de coleta de chuva no telhado e um tanque de armazenamento no subsolo são usados ​​para irrigação nos campos, disse Jing, acrescentando que mais de mil painéis de vidro fotovoltaicos também foram instalados no telhado de aço para utilizar energia solar.

"Aproveitando as condições naturais para economizar energia, o design do Pavilhão da China incorpora conceitos arquitetônicos tradicionais chineses e sabedoria chinesa", disse Jing.

Durante o planejamento e a construção do local da exposição, as 50 mil árvores existentes na área foram preservadas e se tornaram a premissa do projeto. Enquanto isso, 100 mil árvores e arbustos foram plantados para melhorar as condições das zonas úmidas, purificar a água e fornecer habitats para as aves migratórias.

Para proteger os salgueiros de 15 metros ao longo do caminho para o Pavilhão da Experiência da Vida Hortícola, os designers ajustaram as fundações das arquiteturas vizinhas para melhor se adequarem às árvores altas.

"Apesar dos custos, conseguimos proteger as árvores. Isso é essencial, já que a ecologia sempre está em primeiro lugar", disse Zheng Shiwei, designer-chefe do pavilhão.

Resíduos de construção, como pedras e lama, também foram transformados em paredes, estradas e uma colina de 25 metros de altura, na qual os visitantes podem apreciar o panorama da exposição.

Ao lado do local da exposição fica o Parque Florestal do Rio Guihe, com mais de 100 tipos de plantas, pássaros e insetos. Uma zona intermediária separa a exposição e o parque para que essas espécies não sejam prejudicadas.

"Os visitantes podem ver abundantes animais selvagens, incluindo cisnes, durante sua visita", disse Cheng Guanhua, do Departamento de Coordenação da Exposição Internacional de Horticultura de Beijing.

Zhou Jianping disse que o princípio de prioridade ecológica não apenas tem sido enfatizado para o planejamento, projeto e construção da exposição, mas também será destacado para sua futura operação e utilização, como o uso de veículos elétricos na área de exposições.

"A Exposição Beijing oferece uma excelente oportunidade para demonstrar ao mundo as últimas reflexões e novas ideias sobre como as plantas e paisagens podem melhorar a vida", disse Tim Briercliffe.

"Temos uma expectativa muito sincera de que em 2019 Beijing seja reconhecida como um exemplo de vida ecológica", acrescentou.

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