China ampliará reforma de propriedade mista nas empresas estatais

Beijing, 19 abr (Xinhua) -- A China está analisando o quarto lote de empresas estatais piloto para a reforma de propriedade mista, informou na quinta-feira um funcionário do órgão de planejamento econômico do país.

"A tônica deste lote é expansão de escala e campo, já que os três lotes anteriores se centraram meramente em algumas áreas chave e em um número pequeno de companhias", disse Yuan Da, porta-voz da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Mais de cem estatais serão incluídas no quarto lote.

Desde 2016, a China selecionou 50 empresas estatais em três lotes para realizar a reforma piloto em campos como eletricidade, energia, aviação civil, telecomunicações e defesa.

Além das estatais em áreas chave, o quarto lote envolverá companhias piloto em campos competitivos que têm forte significado de demonstração, especialmente as empresas influentes de propriedade mista.

Uma lista curta de companhias para o quarto lote foi submetida ao Grupo Dirigente para a Reforma das Empresas Estatais sob o Conselho de Estado, de acordo com Yuan.

Após a aprovação, o trabalho piloto para o quarto lote entrará em vigor, acrescentou.

Peng Huagang, porta-voz da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais, disse na terça-feira que muitos avanços foram feitos na reforma de propriedade mista para companhias.

"Nos últimos anos, com os esforços para promover a reforma de uma maneira ativa e constante, vimos alguns progressos evidentes", afirmou Peng.

Segundo ele, cerca de 70% das empresas estatais sob a administração do governo central e suas subsidiárias agora têm participação mista.

A China tem impulsionando a reforma para diversificar a estrutura de propriedade das estatais num esforço para incentivar a eficiência operacional e melhorar os serviços delas.

A reforma piloto gerou aprimoramento na competitividade e queda dos níveis de alavancagem.

As empresas estatais sob administração do governo central registraram um crescimento anual de 13,1% nos lucros combinados no primeiro trimestre de 2019, mostraram os dados oficiais divulgados na terça-feira.