State Grid prioriza ambiente na primeira linha de ultra alta tensão do Brasil

2019-04-12 10:52:49丨portuguese.xinhuanet.com

Por Janaína Silveira

Anapu, Brasil, 11 abr (Xinhua) -- No município de Anapu, no território amazônico brasileiro e a quase 700 quilômetros da capital do Estado do Pará, Belém, a companhia chinesa State Grid exibe torres de transmissão de energia erguidas até 105m.

É uma altura acima da média de 80m do trecho e um tamanho alterado por uma simples e fundamental motivação: proteger o meio ambiente ao longo da linha de transmissão.

Nem são as mais altas. Estas chegam a 130m e ficam na região do Estado do Tocantins, para a transposição dos rios. No total, são quase 5 quilômetros de construção a cargo da State Grid que garante a transmissão em ultra alta tensão vindas da hidrelétrica de Belo Monte, no Norte do país, até o Rio de Janeiro ou Minas Gerais, no Sudeste, a região mais populosa do país.

A tecnologia, desenvolvida pela China, garantirá ao Brasil não apenas um menor desperdício de energia na transmissão, mas significa a compleição da linha mais longa do tipo no mundo. Só no Bipolo 2, que vai de Belo Monte ao Rio de Janeiro, são 2.543 quilômetros e 4.425 torres. A instalação permite tanto enviar quanto receber energia.

Chegar até o local de implantação das torres nem sempre é fácil, muitas vezes passando por caminhos pouco explorados - o que exige veículos 4x4 ou até mais pesados. No local de trabalho, não são apenas os técnicos em engenharia que povoam os canteiros, mas uma equipe importante de cuidado com o meio ambiente.

Durante a construção, a empresa teve de lidar com três biomas diversos no ambiente brasileiro. Além do amazônico, típico da região onde a linha se origina, há o Cerrado, na região Centro-Oeste, e o Atlântico, já no Sudeste. Em cada trecho, dadas as características geográficas e climáticas, mas também populacionais, houve diferentes desafios. Segundo o diretor da área na State Grid, Anselmo Leal, para cada desafio houve uma solução diferente -- e não apenas no aspecto ambiental, mas no social.

Em Tocantins, por exemplo, uma comunidade quilombola viu instalada uma fábrica de polpa de frutas que, com o apoio de aulas sobre empreendedorismo oferecidas também pela State Grid, proporcionou uma nova condição de vida aos moradores.

No Pará, onde começam tanto as linhas de transmissão até o Rio de Janeiro para Minas Gerais, uma tribo indígena, dadas as características do grupo, acabou sendo poupada da passagem da linha. A empresa optou por desviar o traçado original da obra, aprovado pelo governo brasileiro, aumentando em alguns quilômetros a construção, a fim de garantir um ambiente mais tranquilo aos moradores originários da área.

Por onde passa, a linha de transmissão é precedida por um trabalho de conscientização e também por indenizações e compensações aos proprietários.

Leandro Morais, educomunicador do projeto, visita cada família afetada no trecho que lhe foi designado. Ele explica a obra, suas características, etapas e benefícios e é também responsável pelo primeiro contato para identificar que medidas serão tomadas naquela propriedade. Até a conclusão da obra, num intervalo de cerca de dois anos, mantém contatos rotineiros com os moradores.

Mas não são apenas as famílias o foco da State Grid. No trabalho de preservação e mitigação de danos, há equipes ligadas à área ambiental, a fim de que flora e fauna sejam protegidas.

Alexia Magalhães é uma bióloga que, no projeto, já esteve nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pará. Seu trabalho é garantir que os animais encontrados ao longo das estradas ou próximos aos locais onde são implantadas as torres sofram o menor impacto possível e também não tragam riscos aos trabalhadores.

Alexia e sua dupla, que cuida da flora, vão ao local dos trabalhos diariamente. Já realizou de remoção de abelhas de locais próximos às obras à retirada de cobras. E resgatou animais amazônicos, tais como o bicho preguiça, em duas ocasiões. Há um centro para cuidados dos animais, e, uma vez recuperados de eventuais doenças ou acidentes, esses são devolvidos ao habitat natural.

"A State Grid sempre prioriza a proteção do meio ambiente na construção da linha de ultra alta tensão no Brasil", afirmou Cai Hongxian, presidente da State Grid Brazil Holding (SGBH).

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