(Cinturão e Rota) China evitará carga de dívida para países participantes do Cinturão e Rota
Amã, 8 abr (Xinhua) -- Li Chengwen, embaixador para os Assuntos do Fórum de Cooperação China-Estados Árabes do Ministério das Relações Exteriores da China, refutou no domingo as críticas de que a Iniciativa do Cinturão e Rota fará com que alguns países caiam na chamada "armadilha da dívida".
"A China está tentando achar mecanismos para evitar a 'armadilha da dívida'", disse Li durante uma sessão no segundo dia do Fórum Econômico Mundial sobre o Oriente Médio e norte da África 2019 realizado na área do Mar Morto da Jordânia.
O enviado chinês respondeu assim às críticas feitas sobre a Iniciativa do Cinturão e Rota por algumas pessoas nos Estados Unidos e Europa antes do segundo Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional que se realizará este mês em Beijing.
A iniciativa, proposta pela China em 2013, busca construir uma rede de comércio e infraestrutura que conecte a Ásia com a Europa e a África ao longo das antigas rotas comerciais da seda para procurar o desenvolvimento e a prosperidade comuns.
Até julho de 2018, mais de 100 países e organizações internacionais assinaram documentos de cooperação do Cinturão e Rota com a China, com o que o alcance da iniciativa se estendeu do continente euroasiático à África, América Latina, Caribe e Sul do Pacífico.
Li assinalou que nenhum país participante se queixou por cair na "armadilha da dívida" pelos empréstimos chineses.
"A Iniciativa do Cinturão e Rota procura incrementar a prosperidade econômica de um país. Não tem como objetivo expandir a autoridade política e geográfica da China no mundo", disse.
Muitos participantes no fórum realizado na Jordânia coincidiram com os comentários de Li.
"Se você mantiver o seu interesse em primeiro lugar, verá que a China não é um parceiro injusto", disse Shandana Gulzar Khan, secretária de Comércio do Parlamento paquistanês. "Mas isso depende do quão bem fizer sua tarefa."
No Paquistão, um importante participante do Cinturão e Rota, o Corredor Econômico Chinesa-Paquistão criou dezenas de milhares de empregos e reativou a economia de toda uma região, assinalou Khan.
He Wenping, pesquisadora do Instituto de Estudos Africanos e do Oeste Asiático da Academia Chinesa de Ciências, ecoou aos comentários de Li.
"A maior preocupação pela 'diplomacia da armadilha da dívida' deveria vir da parte chinesa, não do estrangeiro. É o dinheiro dos contribuintes", disse a professora chinesa.
"A China não está içando a bandeira de 'Primeiro a China'", acrescentou.
O próximo fórum do Cinturão e Rota, que se realizará este mês na capital chinesa, pode ser uma oportunidade para iniciar uma "segunda etapa" da iniciativa, acrescentou.
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