Lucros da Vale, maior produtora e exportadora mundial de ferro, aumenta 45,6% em 2018

Rio de Janeiro, 27 mar (Xinhua) -- A brasileira Vale, maior produtora e exportadora mundial de ferro, registrou um lucro líquido de R$ 25,66 bilhões (US$ 6,86 bilhões) em 2018, o que representa um aumento anual de 45,6%, segundo um balanço divulgado nesta quarta-feira pela empresa.

No quarto trimestre, a Vale registrou um lucro líquido de R$ 14,49 bilhões (US$ 3,66 bilhões), crescimento de 472% em comparação com o mesmo período do ano anterior e alta de 152% em relação ao terceiro trimestre.

A Vale atribuiu o resultado do ano passado ao avanço da geração de caixa medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e ao menor impacto do resultado negativo proveniente das operações descontinuadas.

Os dados divulgados não incluem os efeitos da tragédia de Brumadinho, ocorrida no dia 25 de janeiro, quando uma barragem de resíduos da mineradora, situada nesse município do estado de Minas Gerais, se rompeu e provocou uma avalanche de lama que deixou 214 mortos e 91 desaparecidos, além de destruir a sede administrativa da empresa, o refeitório, uma pousada e casas das comunidades vizinhas.

De acordo com a companhia, os impactos contábeis só serão mensurados no resultado do primeiro trimestre.

No ano passado, a produção de minério de ferro da Vale foi de 384,6 milhões de toneladas, alta anual de 4,9%. No quarto trimestre, a mineradora produziu 101 milhões de toneladas, alta de 8,2% em termos anuais.

A Vale informou que reduziu a dívida líquida (empréstimos e financiamentos menos o caixa) para US$ 9,65 bilhões no ano passado, abaixo dos US$18,14 bilhões apurados em 2017. Já a dívida bruta totalizou US$ 15,47 bilhões, também inferior aos US$ 22,49 bilhões do ano anterior.

Segundo a empresa, "a redução da dívida bruta em relação a 2017 deveu-se, principalmente, ao pagamento de US$ 7,75 bilhões em 2018, incluindo a recompra de bônus com vencimento em 2020, 2021, 2022, 2036 e 2042".

Os investimentos da Vale somaram US$ 3,78 bilhões, uma queda anual de 1,7%.

Segundo o balanço, a companhia investiu US$ 888 milhões em execuções de projetos e US$ 2,90 bilhões na manutenção das operações.