França enviará tropas militares para manter a ordem durante protestos dos "Coletes Amarelos”

Paris, 20 mar (Xinhua) -- Forças militares serão enviadas para as cidades francesas a fim de ajudar a manter a ordem pública durante os protestos dos "Coletes Amarelos" planejados para este fim de semana, disse o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, na quarta-feira.

O porta-voz disse aos repórteres que o presidente Emmanuel Macron anunciou esta manhã uma mobilização reforçada da "operação sentinela" para garantir pontos fixos, tais como edifícios governamentais.

"O objetivo é permitir que a polícia se concentre no movimento, mantendo e restaurando a ordem (pública)", acrescentou.

As forças das sentinelas têm sido mobilizadas em todo o país desde 2015. Elas foram criadas como parte de um estado de emergência declarado após ataques islâmicos há dois anos. Sua missão consiste em proteger locais sensíveis, incluindo aeroportos, estações de trem e locais religiosos.

"Não podemos permitir que uma pequena minoria prejudique violentamente o nosso país e prejudique a imagem da França no exterior", disse ele após uma reunião semanal do gabinete.

Na última manifestação de uma série de protestos semanais que começaram em novembro de 2018 contra a diminuição do poder de compra, um grupo de militantes anti-capitalismo de esquerda extrema, conhecidos como Black Blocs, atravessou Paris no sábado passado, incendiando carros e edifícios, pilhando lojas e quebrando janelas de lojas nos bairros comerciais mais chiques de Paris.

A polícia disse que mais de 200 indivíduos foram presos e 60 indivíduos, incluindo 17 policiais que foram feridos após o surto de violência em 17 de março.

Como parte da iniciativa do governo para melhorar suas táticas de segurança e para os críticos silenciosos, o governo francês anunciou na segunda-feira novas medidas de segurança, oferecendo mais autonomia de tomada de decisão para os agentes de segurança no terreno e para fornecer-lhes equipamentos extras, incluindo drones.

O governo também planejou a proibição de manifestações dos "Coletes Amarelos" "nos bairros mais atingidos" assim que forem detectados sinais da presença de grupos radicais e sua intenção de causar danos, disse o primeiro-ministro Edouard Philippe.