Abertura da China em todos os aspectos é boa notícia para cooperação com países lusófonos
Por correspondente Hu Renrong
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- A promoção da abertura da China em todos os aspectos, destacada no relatório de trabalho do governo, é uma boa notícia para a cooperação chinesa com os países lusófonos em economia e comércio, disse em entrevista à Xinhua o diretor-executivo do Centro de Estudos Brasileiros da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zhou Zhiwei.
Diante do protecionismo e das outras incertezas que a economia mundial enfrenta, a busca chinesa pela abertura em todos os aspectos dará suporte ao desenvolvimento socioeconômico do mundo lusófono, explicou Zhou, pois a China é um importante parceiro econômico e comercial desses países, cujo desenvolvimento se beneficiará da permanência da China no caminho de abertura e de sua contínua vitalidade econômica e comercial.
O comércio e o investimento são dois pilares para a cooperação sino-lusófona, opinou Zhou. No primeiro aspecto, a China já é uma importante parceira, enquanto no outro a abertura chinesa em todos os aspectos fará com que o investimento chinês nesses países alcance um novo patamar. Os dois lados são complementares, pois os países de língua portuguesa têm demanda, e a China, oferta, explicou Zhou, enfatizando que o aumento do investimento chinês terá efeito positivo sobre o desenvolvimento econômico do mundo lusófono.
Um importante componente da abertura da China é a Iniciativa do Cinturão e Rota, à qual os países lusófonos, como Portugal, mostram alto grau de aprovação, segundo o pesquisador.
O mundo lusófono é diversificado por abranger países desenvolvido, em desenvolvimento e emergente, observou Zhou. Segundo ele, isso tornará a cooperação sino-lusófona no Cinturão e Rota um modelo para o restante do mundo e promoverá as relações entre a China e os países de língua portuguesa, pois a construção do Cinturão e Rota é mutuamente benéfica.
Segundo o especialista, sob o contexto de abertura em todos os aspectos, a China tem uma postura aberta em relação à cooperação internacional, especialmente a colaboração nos mercados de terceiras partes. Nesse âmbito, existe a possibilidade de a China e Portugal cooperarem nos mercados de outros países de língua portuguesa, conquistando resultados que beneficiem todas as partes.
O relatório de trabalho do governo apontou que o país organizará este ano a segunda Exposição Internacional de Importação da China, após o sucesso da primeira, no ano passado em Shanghai, onde mais de 80 empresas brasileiras marcaram presença. Isso também é auspicioso para os países de língua portuguesa, analisou Zhou.
A importância da China para o comércio exterior dos países de língua portuguesa é inigualável, indicou. Como exemplo, citou que o Brasil em 2018 registrou uma troca comercial de US$ 102,4 bilhões com o país asiático, sendo assim o primeiro país latino-americano a superar a marca de US$ 100 bilhões no comércio com a China, que também é o maior parceiro comercial, maior destino de exportação e maior fonte de importação do Brasil.
Ele lembrou que a maioria dos países de língua portuguesa têm superavit comercial com a China e que é muito importante que a China siga consumindo e importando. Deste modo, concluiu, a segunda Exposição Internacional de Importação da China será uma oportunidade a ser aproveitada pelos países lusófonos.
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