Líderes globais discutem concorrência e cooperação na Conferência de Segurança de Munique
Munique, 15 fev (Xinhua) -- A 55ª Conferência de Segurança de Munique (MSC, na sigla em inglês) começou na sexta-feira, com foco na remodelação da ordem global.
"O mundo agora não está apenas passando por uma série de crises menores e maiores. Estamos passando por uma mudança de era. Uma era está terminando, e as linhas gerais de uma nova era política estão apenas começando a emergir", disse o presidente do MSC, Wolfgang Ischinger.
O Relatório Anual de Segurança de Munique, que fornece diretrizes para as negociações, disse que uma nova era de grande competição de poder pode estar a se desenrolar.
"Não basta ficar sentado e assistir enquanto as instituições construídas ao longo de décadas estão em erosão", disse Ischinger. Ele pediu aos participantes que criassem confiança uns nos outros durante a conferência, incentivando as pessoas a "conversar umas com as outras" em vez de "falar umas com as outras".
No seu discurso de abertura, Ischinger, vestido com um capuz com a logo da UE, afirmou que a autoafirmação da UE será uma das questões mais importantes a abordar.
Concordando com as observações de Ischinger, o secretário da Defesa Britânico, Gavin Williamson, afirmou que o Reino Unido continuará empenhado na segurança da Europa depois do Brexit.
"O nosso compromisso para com a segurança europeia se mantém firme", disse ele. "Continuaremos a cumpri-lo muito depois de deixarmos a UE".
A conferência, agendada de sexta-feira a domingo, atraiu Chefes de Estado e de Governo e outras figuras de prestígio na política e segurança mundiais. O evento abrangerá questões como a concorrência e a cooperação entre as grandes potências, o futuro da UE e as relações transatlânticas já em mau estado.
A Conferência de Segurança de Munique realizou-se pela primeira vez em 1963. Seu objetivo original era reforçar os compromissos e ajudar a coordenar as políticas de defesa ocidentais. Desde então, tem crescido para envolver representantes de todo o mundo e tem servido como uma plataforma para debates sobre questões de segurança global.
O país anfitrião, a Alemanha, vê a conferência como uma oportunidade para demonstrar seu próprio compromisso com a cooperação internacional.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, disse que "a autodeterminação nacional só é possível contra o pano de fundo da coordenação internacional".
"Portanto, farei campanha para duplicar nosso compromisso com a ordem internacional", disse Maas.
A ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, disse que vivemos em uma época em que "os parceiros importam", e nenhuma nação pode enfrentar sozinha as complicadas ameaças.
"Precisamos e buscamos cooperação; todos nós estamos fazendo isso", disse von der Leyen.
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