Primeiro-ministro húngaro anuncia plano de ação de sete pontos para combater o declínio da população

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, profere seu discurso anual em Budapeste, Hungria, em 10 de fevereiro de 2019. Viktor Orban anunciou no domingo em seu discurso anual um plano de ação de sete pontos para ajudar famílias com crianças a combater o declínio populacional. (Xinhua/Attila Volgyi)

Budapeste, 10 fev (Xinhua) -- O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, anunciou no domingo em seu discurso anual um ousado plano de ação de sete pontos para ajudar famílias com crianças a fim de combater o declínio populacional.

De acordo com Orban, cujo discurso foi transmitido pelo canal de televisão público M1, o primeiro ponto de seu plano é apoiar casais jovens, e cada mulher com menos de 40 anos recebendo um empréstimo de 10 milhões de forints (cerca de 35.000 dólares). Depois de dar à luz três filhos, o empréstimo não teria que ser reembolsado e se tornaria um apoio não reembolsável.

O segundo ponto visa expandir o esquema de crédito do Estado beneficiado criado pelo governo para ajudar jovens casais a adquirir seu primeiro apartamento.

O terceiro ponto trata das hipotecas. O governo promete pagar um milhão de forints da hipoteca dos pais após o nascimento de um segundo filho e 4 milhões de forints após o nascimento de um terceiro filho.

O quarto ponto pode ser o maior incentivo para famílias maiores. As mulheres que dão à luz quatro filhos ficarão isentas por toda a vida do pagamento do imposto de renda pessoal.

Orban também anunciou o lançamento de um grande programa de compra de carros familiares. Assim, o governo dará 2,5 milhões de forints como uma concessão não reembolsável para novos carros de 7 lugares para famílias com pelo menos três filhos.

A fim de ajudar as mães a voltarem ao mercado de trabalho, Orban prometeu 21.000 novas vagas em creches nos próximos três anos. Assim, a partir de 2022, todos os pais seriam capazes de deixar seus filhos na creche.

Em seu último ponto, Orban apresentou um subsídio de pensão alimentícia para os avós, encorajando-os a ajudar as famílias a criar os filhos.

O declínio demográfico da Hungria, com sua população caindo abaixo do limiar psicológico de 10 milhões de pessoas há alguns anos e diminuindo a cada ano em dezenas de milhares, é o principal desafio para o chefe de governo, eleito em abril passado para o terceiro mandato.

Orban também elogiou o crescimento econômico e o desempenho da Hungria. "Nosso orgulho nacional também tem uma base econômica: a Hungria está apenas no 88º lugar entre os países do mundo em termos de população, mas a 34ª em termos de exportações".

"A fim de alcançar a Europa Ocidental, nosso crescimento econômico deve superar a média da UE (União Europeia) em pelo menos 2% ao ano", acrescentou.

O produto interno bruto da Hungria em 2018 será publicado em março, mas os especialistas já sabem, a partir de dados preliminares, que ele ficará confortavelmente acima de 4%.

O primeiro-ministro também falou sobre a migração, à qual seu governo se opõe ferozmente. "Vemos o surgimento de um mundo cristão-muçulmano em países imigrantes com uma proporção cristã constantemente reduzida. No entanto, nós, da europa-central, ainda temos nosso próprio futuro".

Orban declarou repetidamente que a divisão nos 28 membros da UE está aumentando em relação a questões relacionadas à migração (1 dólar dos EUA = 281,63 HUF).