ONU quer eliminar mutilação genital feminina até 2030

Uma mulher tira fotos na exposição fotográfica "68 Milhões de Meninas em Risco" por ocasião do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, na sede das Nações Unidas em Nova York, em 6 de fevereiro de 2019. Três diretores executivos das agências da ONU pediram na quarta-feira ações para eliminar a mutilação genital feminina até 2030, no Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. (Xinhua/Li Muzi)
Nações Unidas, 6 fev (Xinhua) - Três diretores executivos das agências da ONU pediram na quarta-feira ações para eliminar a mutilação genital feminina até 2030, no Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Pelo menos 200 milhões de meninas e mulheres que vivem hoje tiveram seus órgãos genitais mutilados - sofrendo um dos atos mais desumanos de violência baseada em gênero no mundo, segundo uma declaração conjunta de Henrietta Fore, diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Natalia Kanem, diretora executiva do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres.
A mutilação genital feminina leva a consequências físicas, psicológicas e sociais de longo prazo. Ela viola os direitos das mulheres à saúde sexual e reprodutiva, integridade física, não discriminação e liberdade de tratamentos crueis ou degradantes, disseram as três diretoras executivas.
"Também é uma violação da ética médica: a mutilação genital feminina nunca é segura, não importa quem a realize ou quão limpa é a instalação", acrescentaram.
A mutilação genital feminina é uma forma de violência baseada em gênero, e para acabar com ela, as causas da desigualdade de gênero precisam ser enfrentadas, e a comunidade internacional precisa trabalhar para o fortalecimento social e econômico das mulheres, disseram eles.
Em 2015, líderes mundiais apoiaram maciçamente a eliminação da mutilação genital feminina como uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. "E devemos agir agora para traduzir esse compromisso político em ação", disse o comunicado.
"No nível nacional, precisamos de novas políticas e legislação que protejam os direitos de meninas e mulheres de viverem livres de violência e discriminação. Os governos em países onde a mutilação genital feminina é predominante também devem desenvolver planos de ação nacionais para acabar com a prática", afirmaram, acrescentando que seus planos devem incluir linhas orçamentárias dedicadas a serviços abrangentes de saúde sexual e reprodutiva, educação, bem-estar social e serviços jurídicos.
O Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina é um dia anual de conscientização patrocinado pela ONU para erradicar a prática. Para marcar o dia internacional, o UNFPA e o UNICEF organizaram uma exposição de fotografia no saguão do visitante na sede da ONU em Nova York.
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