China permanecerá o mais importante mercado para economias da Ásia-Pacífico, diz think tank

Londres, 16 jan (Xinhua) -- Apesar de um declínio recente, a China permanecerá sendo o destino principal para as exportações da Ásia-Pacífico nos próximos anos, apontou nesta terça-feira o think tank britânico Oxford Economics.

Segundo os pesquisadores da entidade, as economias da região têm sido integradas altamente com a economia chinesa desde a entrada do país na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001. Dada sua proximidade geográfica, os países da região têm ligações comerciais até mais fortes com a China do que com o resto do mundo.

"À medida em que a China se tornou um principal destino final para muitas exportações da Ásia-Pacífico, o que é mais notável é que a China também é a maior fonte de importação para a maioria dos países na região", destaca uma pesquisa.

A China tem um papel cada dia mais significativo no comércio para os países asiáticos como a Índia e Vietnã, que se empenham para aumentar o nível da renda e estimular o desenvolvimento industrial.

"Participar da cadeia de fornecimento da Ásia e penetrar o mercado chinês são chaves para ajudar os setores industriais a terem sucesso", acrescenta o relatório.

A dependência na China em termos de comércio também está crescendo fora da Ásia, mostra o texto.

"Os países emergentes ricos em recursos e fora da Ásia, como o Chile, Brasil, Arábia Saudita e Rússia, têm alta intensidade de exportação com a China, vendendo grandes quantias de produtos de energia e commodities para ela".

Os pesquisadores acrescentaram que a "intensidade de exportação desses países com a China são até muito mais altas" do que muitos dos países asiáticos.

Além disso, países "como a Rússia e a Argentina têm maior intensidade de importação do que exportação, pois eles importam quantias muito maiores de bens fabricados da China em comparação com suas exportações de energia e commodities para a China".