Beijing, 13 ago (Xinhua) -- A Iniciativa do Cinturão e Rota da China pode "definitivamente" ajudar na questão global de refugiados, disse o chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, que concluiu sua visita oficial à China no sábado.

"Muito do que a China já realiza através da Iniciativa do Cinturão e Rota converge com o que estamos fazendo nos países que recebem refugiados, aliando a ajuda humanitária e de desenvolvimento para solucionar mais efetivamente os problemas a longo prazo e buscar resoluções para esta crise global", disse Grandi.

Segundo o ACNUR, 68,5 milhões de pessoas foram desalojadas à força em todo o mundo em 2017. Deste total, 52% eram crianças menores de 18 anos.

As regiões em desenvolvimento abrigaram 85% dos refugiados sob o mandato do ACNUR, e os países menos desenvolvidos estão fornecendo abrigo a uma proporção crescente, cerca de um terço do total global, mostraram os dados do ACNUR.

Resolver os conflitos é fundamental no trabalho de refugiados, incluindo missões de paz e mediações, mas a paz tem que seguir através do desenvolvimento que consolide a paz e ajude na educação, infraestrutura, meio ambiente, entre outras questões, disse Grandi à Xinhua.

Grandi enxerga o interesse da China em ajudar no trabalho global de refugiados como parte de uma visão maior da liderança chinesa, de aproveitar a experiência e abordagens do país para fomentar a cooperação internacional, trazer paz e desenvolvimento e investir em projetos de infraestrutura em todo o mundo.

Durante sua viagem de três dias em Beijing, Grandi se reuniu com funcionários dos departamentos relacionados e representantes do Fórum Boao para a Ásia.

Desde sua posse em 2016, Grandi já visitou a China duas vezes e prometeu vir ao país anualmente para fortalecer o diálogo e aprofundar a cooperação.