RPDC critica EUA pela imposição de novas sanções contra suas autoridades

Pyongyang, 16 dez (Xinhua) -- Um instituto de pesquisa do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) divulgou um comunicado na noite de domingo criticando os Estados Unidos por impor sanções contra autoridades da RPDC.

A declaração foi emitida pelo diretor de pesquisa política do Instituto de Estudos Americanos do Ministério das Relações Exteriores, e divulgada pela Agência Central de Notícias Coreana oficial da RPDC (KCNA), sem fornecer o nome do diretor.

A declaração disse que os principais líderes da RPDC e dos Estados Unidos se comprometeram a melhorar as relações entre RPDC-EUA, durante a histórica cúpula entre os dois países, realizada em Singapura, em junho. Atualmente, as relações bilaterais estão avançando ao longo da vontade firme dos dois líderes de seguir alinhados à sua declaração conjunta emitida na época.

No entanto, acrescentou, ao longo dos últimos seis meses, o Departamento de Estado dos EUA e o Departamento do Tesouro realizaram oito rodadas de sanções contra empresas, indivíduos e navios da RPDC, bem como outros países terceiros, através de falsos pretextos.

"Recentemente, os EUA estão recorrendo a uma conspiração anti-RPDC de direitos humanos, de tal forma que leva uma provocação deliberada, incluindo autoridades do alto escalão do governo da RPDC à sua lista de sanções unilaterais, ao mesmo tempo em que discordam de uma inexistente ‘questão de direitos humanos’", segundo a declaração.

Washington anunciou em 10 de dezembro que imporá sanções contra três autoridades da RPDC por graves abusos dos direitos humanos e censura, e a declaração da RPDC no domingo parece ser uma resposta semi-oficial à decisão dos EUA.

"Longe das declarações do presidente (dos EUA), o Departamento de Estado está inclinado a trazer as relações da RPDC com os EUA de volta ao status do ano passado, que foi marcado por trocas de fogo. Não posso deixar de desconfiar dos reais motivos do Departamento de Estado", disse o diretor à KCNA, acrescentando que as sanções contra a RPDC "não funcionariam".

O diretor sublinhou ainda que, se os políticos de alto escalão do governo dos EUA desejassem "levar-nos a abandonar as armas nucleares através do aumento das sanções e pressões anti-RPDC", isso seria um erro de cálculo e "bloquearia o caminho para desnuclearização na península coreana para sempre."