Presidente cubano diz que EUA não tem "autoridade moral" para criticar Cuba sobre direitos humanos

2018-12-13 10:58:41丨portuguese.xinhuanet.com

Havana, 11 dez (Xinhua) -- Os Estados Unidos não têm "autoridade moral" para criticar Cuba sobre direitos humanos porque politiza o tema e tem um duplo padrão na questão, disse o presidente cubano, Miguel Díaz-Cañel, na terça-feira.

"Os EUA não têm autoridade moral para falar sobre direitos humanos. Sua posição é hipócrita, desonesta e com duplo padrão", escreveu Díaz-Cañel em sua conta no Twitter.

O líder cubano disse que Washington "violou maciçamente" os direitos humanos em todo o mundo "exportando" guerras e armas.

"Alguém sabe de uma alguma violação dos direitos humanos mais longa, mais cruel e maior do que o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba?", ele perguntou.

Enquanto a Casa Branca critica Havana por violar os direitos humanos, "sistematicamente ignora os tratados internacionais" sobre o tema, escreveu Díaz-Cañel em outro Tweet criticando o duplo padrão dos EUA.

"Cuba compartilha conhecimento e serviços. Nossos médicos e professores iluminaram regiões remotas por todo o planeta com sua solidariedade", escreveu ele.

Os Tweets foram escritos contra acusações feitas na segunda-feira pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

Em uma carta aberta ao ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, Pompeo disse que Cuba se recusou a responder a várias perguntas dos EUA sobre supostos presos políticos no país caribenho.

As acusações aconteceram depois que o governo Trump decidiu na segunda-feira fechar definitivamente seu escritório de Serviço de Cidadania e Imigração em Havana, devido a um sério revés nos laços.

As relações bilaterais foram revertidas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, assumiu o cargo em 2017.

No ano passado, Trump assinou um memorando presidencial que endurece a política dos EUA em relação a Cuba, um documento que proíbe empresas dos EUA de fazer negócios com empresas associadas a militares cubanos e restringe as viagens dos cidadãos dos EUA ao país caribenho.