Presidente francês eleva salário mínimo e promete alívio fiscal para evitar protestos dos "coletes amarelos"

2018-12-11 14:48:33丨portuguese.xinhuanet.com

Paris, 10 dez (Xinhua) -- Ao tentar lutar contra os protestos dos "coletes amarelos", o presidente francês Emmanuel Macron buscou, na segunda-feira, amenizar o tumulto social com um "plano econômico e social de emergência", oferecendo aumento do salário mínimo e corte de impostos para pensionistas.

Em um discurso televisionado em rede nacional, Macron assegurou aos eleitores que estava atento à sua "raiva e indignação", admitindo que "sem dúvida", as autoridades não conseguiram dar uma resposta suficientemente rápida e forte por um ano e meio. O presidente disse: "Eu assumo minha parte de responsabilidade".

Ao compremeter-se a responder rápida e concretamente à ira social em relação ao poder aquisitivo do povo, o presidente anunciou que as pessoas com salário mínimo veriam seus salários subirem 100 euros (113,52 dólares) por mês a partir de janeiro de 2019, sem custo adicional para os empregadores.

Ele também decidiu eliminar os impostos sobre o pagamento de horas extras, reduzir os impostos para os aposentados e oferecer bônus de final de ano aos trabalhadores. Enquanto isso, ele se recusou a rever o imposto sobre a riqueza.

"Peço ao governo e ao parlamento para fazer o que for necessário para que se possa viver melhor do seu trabalho a partir do começo do ano que vem", disse o presidente.

Iniciado em 17 de novembro, o movimento "Coletes Amarelos" começou como um protesto contra um aumento no imposto sobre combustíveis, que, segundo Macron, era necessário para combater as mudanças climáticas.

Desde então, o movimento se transformou em uma revolta maior, denunciando o aperto nos gastos das famílias e o alto custo de vida causados pelas reformas fiscais e econômicas do presidente, que os manifestantes dizem favorecer os ricos e oferecer pouco aos necessitados. Vários manifestantes pediram a Macron que renunciasse, e muitos deles ainda estão bloqueando rodovias, entradas de túneis, e o acesso a shopping centers durante o frenesi de compras antes do Natal.

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