China pede zero discriminação contra empresas chinesas com atividades operacionais normais no Japão

2018-12-11 10:25:24丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 11 dez (Xinhua) -- As empresas chinesas com atividades operacionais normais no Japão não devem ser discriminadas, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, em uma entrevista coletiva na segunda-feira.

Lu fez tal declaração ao comentar sobre uma série de reportagens que abordou a revisão das regras internas sobre as compras pelo governo japonês divulgadas na segunda-feira, supostamente justificadas para prevenir ataques e garantir a segurança cibernética, mas que na verdade pretendia bloquear a Huawei e a ZTE da lista de compras do governo, assim como fizeram os Estados Unidos.

"Nós tomamos conhecimento das novas regras do governo japonês sobre as compras. O lado chinês já se comunicou com o Japão sobre a questão através de canais diplomáticos", disse Lu.

A China também está ciente das declarações do secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, de que o movimento não pretendia excluir nenhuma empresa ou equipamento em particular, acrescentou Lu.

Enfatizando que os investimentos e as cooperações das empresas chinesas no Japão são mutuamente benéficos, Lu disse que a China encoraja consistentemente empresas chinesas a investir no Japão de acordo com princípios comerciais, regras internacionais e leis locais.

"Ao mesmo tempo, pedimos ao lado japonês, como sempre, que proporcione um ambiente justo, transparente e não discriminatório às operações comerciais das empresas chinesas", assinalou Lu.

Segundo o porta-voz, a China acompanhará de perto a implementação das novas regras revisadas pelo Japão. "As empresas chinesas com atividades comerciais normais no Japão não devem ser discriminadas, e isso é muito importante", disse ele.

Quanto às preocupações sobre segurança relatadas pelo vice-presidente da Comissão Europeia, Andrus Ansip, de que as empresas de tecnologia chinesas obtêm dados criptografados por "backdoors mandatários", como solicitado pelo governo chinês, Lu respondeu que bloquear empresas de operações comerciais normais somente com base em "especulações" é "insensato".

Até o momento, todos que alegaram que a Huawei "pode" ameaçar a segurança nacional nunca conseguiram apresentar nenhuma prova convincente de que a empresa prejudicou a segurança nacional de seu país, indicou Lu.

Atualmente, mais de 20 países assinaram contratos com a Huawei sobre a construção de redes móveis 5G, demonstrando que a empresa privada está ganhando confiança crescente de seus parceiros internacionais, acrescentou ele.

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