Comentário: G20 precisa estabelecer consenso para melhor desenvolvimento mundial
Beijing, 30 nov (Xinhua) -- Como os líderes das principais economias do mundo se reunirão em Buenos Aires para a cúpula do Grupo dos Vinte (G20) deste ano, eles refletem as altas expectativas de todo o mundo sobre a necessidade urgente de consenso e confiança.
Os líderes do G20 realizaram sua cúpula inaugural em Washington há 10 anos, com a finalidade de atingir um acordo geral para cooperar em importantes áreas para lidar com a crise financeira que varreu o globo.
Uma década mais tarde, o G20 se tornou o palco central para a cooperação econômica internacional.
Dirigida pelo G20 e outros mecanismos multilaterais, a comunidade internacional tem, ao longo dos anos, coordenado as políticas macroeconômicas, combatido em conjunto os riscos financeiros e consolidado a dinâmica da recuperação econômica mundial, dificilmente obtida.
Embora a tendência de aumento não tenha mudado fundamentalmente, as preocupações sobre os riscos e a pressão para baixo estão crescendo atualmente.
Por um lado, a globalização econômica está enfrentando ventos contrários, enquanto as disputas comerciais estão ganhando corpo.
Por outro, devido aos fatores como os aumentos consecutivos das taxas de juros pelo Fed dos EUA e as geo-incertezas políticas, os mercados financeiros no mundo estão passando por crescente volatilidade e as principais economias estão se movendo em velocidades distintas.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu sua previsão para crescimento mundial em 2019 e 2020 para 3,5%, em comparação com 3,7% deste ano.
Perante tal contexto, o mundo está acompanhando a próxima cúpula do G20 particularmente com atenção, e com a grande esperança de que um consenso seja estabelecido, que a confiança cresça e que as expectativas do mercado sejam estabilizadas.
A cúpula, sob o tema "Construir Consenso para um Desenvolvimento Justo e Sustentável", lidará com tópicos como a economia mundial, comércio e investimento, economia digital, desenvolvimento sustentável, infraestrutura e mudança climática.
Sem dúvida, como manter um desenvolvimento justo e sustentável será um dos pontos focais da cúpula em Buenos Aires.
Para garantir um desenvolvimento justo, é preciso defender o desenvolvimento inclusivo e lidar com as questões sociais como pobreza, desemprego e as disparidades de renda cada vez maiores, de forma que todas as partes possam se beneficiar do crescimento econômico e avanço tecnológico e que todas as pessoas compartilhem os frutos da globalização econômica e do crescimento econômico mundial.
Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a tendência da globalização econômica deve ser seguida e as importantes forças motrizes, incluindo o livre comércio, aproveitadas.
No Surveillance Note do G20, divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em julho, a instituição financeira internacional reiterou que a economia mundial depende de "um sistema do comércio internacional aberto, justo e baseado em regras".
Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, pediu aos elaboradores de políticas do G20 que desenvolvam soluções multilaterais que melhorem o sistema do comércio mundial.
O sherpa do G20 da Argentina, Pedro Villagra Delgado, disse que a Argentina apoia o livre comércio baseado em regras e maiores fluxos comerciais em torno do mundo, e buscará consenso sobre os principais assuntos entre os participantes da cúpula do G20 e mostrará ao mundo um G20 positivo.
A maior parte dos membros do G20 defende o multilateralismo e as instituições internacionais, disse Miguel Messmacher, que coordena os assuntos do G20 do México.
Ao longo dos anos, o mecanismo do G20 construiu uma ponte de cooperação entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento e gerou mais consensos do que divergências, disse.
O ministro adjunto das Relações Exteriores chinês Zhang Jun disse que a China apoia a Argentina em organizar uma cúpula bem sucedida e espera que a reunião gere resultados positivos e injete um novo ímpeto na cooperação do G20.
Essas vozes refletem as expectativas mundiais. Dados os crescentes desafios e a importância do G20, é hora dos líderes das principais economias criarem consenso, fortalecerem a solidariedade e impulsionarem a cooperação, com o fim de continuar conduzindo o desenvolvimento mundial adiante.
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