China tem grande papel a desempenhar no G20, diz especialista britânico
Londres, 28 nov (Xinhua) -- "A China pode desempenhar uma participação muito grande" no Grupo dos Vinte (G20), das importantes economias mundiais, disse à Xinhua o professor da Universidade de Cambridge, Alan Barrell, em uma recente entrevista.
Barrell elogiou o papel da China em garantir o sucesso da cúpula do G20 na cidade chinesa de Hangzhou, no leste do país, dois anos atrás.
A cúpula deste ano acontecerá na Argentina ainda nesta semana, e ele espera um papel mais significativo da China desta vez em impulsionar a globalização.
Com a globalização econômica sofrendo com retrocessos e o livre comércio estando sob ameaça, a próxima cúpula do G20, com tema "Construir Consensos para Desenvolvimento Justo e Sustentável", atraiu a atenção mundial.
A cúpula se concentrará em questões como economia mundial, comércio e investimento, desenvolvimento sustentável, infraestrutura e mudança climática. O presidente argentino, Mauricio Macri, disse que como anfitrião, seu país prosseguirá com o consenso e os resultados alcançados na cúpula de Hangzhou.
Barrell elogiou a consistência e a determinação da China em buscar o desenvolvimento comum e em avançar a globalização.
"Não penso que o protecionismo é a resposta para o comércio mundial", disse o professor, que também é um empresário em residência no Centro de Aprendizagem Empresarial, da Cambridge Judge Business School.
Ele questionou as ações de desglobalização tomadas por alguns países, que segundo ele estão "indo em uma direção muito errada" e "de certo modo fechando as portas e paralisando o comércio."
"Eventualmente o protecionismo trará coisas ruins ... ele sempre se mostra ruim a longo prazo", comentou. " As guerras comerciais jamais serão vencidas".
Comentando sobre o discurso do presidente chinês Xi Jinping na recente Exposição Internacional de Importação da China, em Shanghai, Barrell disse que demonstrou a determinação da China de se abrir mais e impulsionar um comércio mundial mais equilibrado, pois "a China não só está exportando, mas também acolhendo importações."
A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta por Xi e que visa promover cooperação de ganhos recíprocos e desenvolvimento comum ao longo das rotas comerciais da antiga Rota da Seda e além, "é uma manifestação muito grande para a abertura", acrescentou.
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